"Apoio a iniciativa do governo de negociar com [o ex-vice-Presidente] Abdullah Abdullah e o ex-Presidente Hamid Karzai. Desejo sucesso a este processo", afirmou, através da rede social Facebook.
Ashraf Ghani enviou uma mensagem de vídeo aos compatriotas a partir dos Emirados Árabes Unidos, país que horas antes tinha confirmado tê-lo recebido por "razões humanitárias".
Num preâmbulo à mensagem, Ghani disse que iria abordar os "recentes desenvolvimentos" no Afeganistão, depois de ter fugido no fim de semana passado quando os talibãs recuperaram o poder.
O antigo Presidente foi também hoje acusado pelo embaixador do Afeganistão no Tajiquistão de ter roubado 169 milhões de dólares (142 milhões de euros) de fundos estatais e apelou a sua detenção à polícia internacional.
O embaixador Mohammad Zahir Aghbar disse, em conferência de imprensa, que Ghani "roubou 169 milhões de dólares dos cofres do Estado" e apelidou a sua fuga como "uma traição ao Estado e à nação".
Apesar de não elaborar ou explicar a sua reivindicação, Aghbar prometeu apresentar um pedido à Interpol para prender Ghani.
No entanto, segundo a agência Efe, Ghani negou essas acusações e o diretor do gabinete central nacional da Interpol no Tajiquistão, Shahriyor Nazriev, disse à agência estatal russa RIA Novosti que não recebeu qualquer pedido até ao momento.
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