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Presidente checo critica EUA e a NATO pela retirada do Afeganistão

O Presidente da República Checa, Milos Zeman, criticou hoje os Estados Unidos e a NATO pela retirada militar do Afeganistão, onde acredita que os talibãs vão criar "um centro terrorista" para realizar ataques em todo o mundo.  

Presidente checo critica EUA e a NATO pela retirada do Afeganistão
Notícias ao Minuto

11:02 - 18/08/21 por Lusa

Mundo Afeganistão

Numa entrevista publicada hoje no portal digital Parlamentní listy, o chefe de Estado checo afirma que o "fracasso" da NATO no Afeganistão vai minar a confiança entre os aliados mais "pequenos" sobre a capacidade de resposta da Aliança Atlântica em caso de crise.

Zeman, primeiro-ministro social-democrata quando a República Checa se uniu à NATO em 1999, revela que advertiu pessoalmente o chefe de Estado norte-americano, Joe Biden, e o anterior Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que retirar as tropas era um ato de "cobardia" sem qualquer efeito positivo.

O Presidente checo diz ainda que os Estados Unidos perderam "prestígio" como líder mundial ao sair do Afeganistão e que os últimos acontecimentos levantam dúvidas sobre a legitimidade da existência da Aliança Atlântica.

Zeman acrescenta que investir na NATO é "um desperdício de dinheiro" e que, por isso, a República Checa deveria passar a concentrar os gastos na defesa nacional.

O chefe de Estado diz ainda que os talibãs garantem financiamento através do tráfico de ópio e que vão criar um "centro terrorista" para realizar ataques em todo o mundo.

A retirada das forças dos Estados Unidos do Afeganistão foi negociada em fevereiro de 2020.

O início da saída das tropas estrangeiras começou no passado mês de maio e segundo os termos do acordo deve terminar em setembro.

As forças talibãs tomaram a cidade de Cabul, habitada por cerca de cinco milhões de habitantes, sem resistência e após sete dias de combates sobretudo nas nove províncias do norte e nas províncias do sul que fazem fronteira com o Irão e o Paquistão.

No domingo, o chefe de Estado afegão partiu para o exílio e os talibãs proclamaram em Cabul o Emirado Islâmico.

A operação de exfiltração de estrangeiros e civis afegãos continua a partir do aeroporto militar de Cabul.

Leia Também: A marcha de sete dias dos talibãs até ao poder. Como aconteceu?

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