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Presidente de Madagáscar anuncia novo e aumentado executivo com 32 pastas

O Presidente de Madagáscar, Andry Rajoelina, anunciou um novo executivo, aumentado para 32 pastas, depois de suspender todos os seus ministros na semana passada devido ao seu fraco desempenho.

Presidente de Madagáscar anuncia novo e aumentado executivo com 32 pastas
Notícias ao Minuto

13:55 - 16/08/21 por Lusa

Mundo Madagáscar

"Não temos o direito de falhar. Temos de ter êxito para bem do povo malgaxe", disse Rajoelina num discurso transmitido domingo pela televisão, segundo os meios de comunicação locais, como o diário L'Express.

Entre os principais nomes do novo gabinete estão Rindra Hasimbelo Rabarinirinarison, como chefe da pasta da Economia e Finanças, e Herilaza Imbiki, como o novo ministro da Justiça.

Apesar da severa remodelação, nem tudo são caras novas, com dez nomes da antiga equipa.

Esta remodelação surge semanas após o desmantelamento de uma alegada conspiração para encenar um golpe e alegadamente assassinar Rajoelina e outras figuras proeminentes.

Um primeiro grupo de seis pessoas foi preso a 20 de julho e mais 21 suspeitos foram presos a 02 de agosto, segundo Berthine Razafiarivony, o procurador-geral do Tribunal de Recurso na capital, Antananarivo.

Entre estas 21 pessoas, 12 eram das forças armadas - incluindo cinco generais, dois capitães e quatro oficiais subalternos - e quatro eram polícias militares e militares reformados - tanto malgaxes como franceses - assim como cinco civis.

Além disso, os seis indivíduos inicialmente detidos incluíam um nacional francês e um nacional franco-malgaxe, antigos membros do exército e a Gendarmerie Nationale (a força policial do país), outro suspeito com dupla nacionalidade e três nacionais malgaxes.

De acordo com o Ministério Público, vários materiais foram confiscados durante as investigações, incluindo uma espingarda, dinheiro, dois veículos com tração às quatro rodas, telefones e equipamento informático.

Um dos documentos confiscados continha um "plano estratégico, político e operacional" para eliminar cinco altos funcionários do governo malgaxe, a fim de derrubar o executivo e tomar o poder, revelou Razafiarivony.

Além disso, entre os e-mails analisados, os investigadores encontraram uma mensagem dirigida à companhia petrolífera Madagáscar Oil a pedir financiamento e colaboração, o que a companhia confirmou em declarações aos meios de comunicação, no final de julho.

Os detidos foram acusados de ataques contra a segurança do Estado.

Rajoelina, que foi presidente de 2009 a 2014, iniciou o seu segundo mandato em Madagáscar no início de 2019, depois de derrotar Marc Ravalomanana numa segunda volta das eleições.

A nação insular tem estado mergulhada numa crise política há quase uma década, desde que em 2009 o próprio Rajoelina, com a ajuda do exército, expulsou Ravalomanana (2002-2009) do poder, num golpe de Estado sangrento no qual uma centena de pessoas foi morta.

Madagáscar é atualmente um dos países mais pobres do mundo e, além disso, a sua zona sul está a passar por uma fome devastadora que afeta mais de um milhão de pessoas, segundo dados do Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas (PAM).

Leia Também: Presidente de Madagáscar demite todos os ministros

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