O ataque ocorreu durante uma ruga das ADF na localidade de Kainama, em Beni, na província de Kivu Norte, fustigada há vários anos por um conflito que reúne centenas de grupos armados.
À agência noticiosa Efe, o presidente da sociedade civil em Beni, Kizito Bin Hangi, disse que na quarta-feira foram descobertos os corpos de três pessoas assassinadas pelas ADF no fim de semana.
"Soubemos que um deles foi feito refém antes de ser morto, também", acrescentou Bin Hangi, dizendo que esta manhã foram encontrados os corpos de outras sete vítimas, incluindo os de um estudante universitário e de um professor.
As províncias de Kivu Norte e Ituri estão em estado de sítio desde 06 de maio para combater os grupos armados que atingem os locais. O Presidente da RDCongo, Félix Tshisekedi, substituiu as autoridades civis por oficiais do Exército e da polícia.
No entanto, durante os 90 dias do estado de sítio, 485 civis foram mortos por grupos armados na área, incluindo 254 pelas ADF, que são acusadas de massacrar pelo menos 6.000 civis desde 2013, segundo um relatório do Episcopado congolês.
O presidente da sociedade civil em Beni acredita, no entanto, que o Governo deve acabar com esta abordagem, uma vez que não tem produzido os resultados esperados contra os grupos armados na região.
Originalmente rebeldes muçulmanos ugandeses, as ADF operam no leste da RDCongo há quase 30 anos.
De acordo com o Barómetro de Segurança de Kivu, cerca de 120 grupos armados continuam ativos no leste da RDCongo, espalhados pelas províncias de Kivu Norte, Kivu Sul, Ituri e Tanganica.
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