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Oposição pede demissão de ministro em São Tomé e Príncipe

O partido Ação Democrática Independente (ADI), na oposição são-tomense, pediu hoje a "demissão imediata" do ministro da Defesa, que acusa de ordenar a detenção do Presidente da República e do primeiro-ministro numa tentativa de golpe no país.

Oposição pede demissão de ministro em São Tomé e Príncipe
Notícias ao Minuto

21:38 - 11/08/21 por Lusa

Mundo São Tomé e Príncipe

Num comunicado, a ADI afirma que, no sábado, o ministro da Defesa e Ordem Interna, Óscar de Sousa, "por sua livre iniciativa e em conluio com alguns oficiais e cidadãos comuns" protagonizou uma ação a que chamaram de "intentona golpista", "com a finalidade de deter tanto o Presidente da República como o primeiro-ministro, subvertendo a ordem constitucional".

O partido, na nota, considera que "o ato tem como finalidade única e exclusiva a de conduzir o país ao caos", e sublinha que "uma tal atitude, não é admissível e principalmente vinda de um membro do Governo, que tem na sua tutela a garantia da ordem pública e a estabilidade social".

"O ministro da Defesa e Ordem Interna, não reúne condições para manter-se num tão importante cargo, pelo que o ADI exige do primeiro-ministro e chefe do Governo, a demissão imediata e incondicional do Sr. Óscar Sousa, das funções", refere o comunicado assinado pelo secretário-geral do partido, Américo Ramos.

O partido que apoia o candidato Carlos Vila Nova, que ficou em primeiro lugar na primeira volta das eleições presidenciais de 18 de Julho, com 43% dos votos, defende que "num Estado de direito democrático o poder alcança-se através de votos expressos nas urnas e não pelo uso da força, pondo em causa a segurança do chefe de Estado, em particular, e da população em geral".

O partido na oposição em São Tomé e Príncipe ainda que "lançará mão às medidas legais, de forma a levar à justiça todos aqueles que estão envolvidos" nestes "atos subversivos". 

São Tomé e Príncipe vive momentos de incerteza, depois do adiamento da segunda volta das eleições presidenciais, que estavam previstas para 08 de agosto, mas que foram adiadas sem uma nova data por causa de um contencioso eleitoral.

Guilherme Posser da Costa, candidato apoiado pelo Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe/Partido Social Democrata (MLSTP/PSD), no poder, ficou em segundo lugar registando 16.905 votos, correspondentes 20,7%.

O parlamento reúne-se na quinta-feira para aprovar uma lei excecional que fixa uma nova data para a segunda volta das presidenciais, e deverá prorrogar o mandato do Presidente da República, Evaristo Carvalho.

O mandato do atual chefe de Estado termina em 03 de setembro, e nesta data o novo Presidente da República ainda não poderá ser empossado, uma vez que em 12 de setembro deverão ser publicados os resultados definitivos e o processo eleitoral só terminará em 12 de outubro, segundo uma proposta da Comissão Eleitoral Nacional.

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