Diretor da CIA aborda estratégia face ao Irão durante visita a Israel

O diretor dos serviços secretos norte-americanos CIA, William Burns, reuniu-se hoje em Telavive com o primeiro-ministro israelita, Naftali Bennett, e discutiram "opções para alargar a cooperação regional", especificamente face ao Irão.

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Lusa
11/08/2021 12:17 ‧ 11/08/2021 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

 

A reunião de hoje segue-se a uma outra na terça-feira entre Burns e David Barnea, o novo chefe dos serviços secretos externos israelitas, Mossad, no âmbito da primeira visita do diretor da CIA à região desde que assumiu o cargo em março.

Segundo um comunicado do gabinete de Bennett, a reunião centrou-se "na situação no Médio Oriente, com ênfase no Irão", de acordo com a agência noticiosa espanhola EFE.

Um porta-voz do primeiro-ministro israelita precisou que durante o encontro se discutiu "o reforço da cooperação entre Israel e os Estados Unidos em matéria de informações e segurança".

Adiantou que no encontro com Barnea foi abordada a cooperação entre a CIA e a Mossad face a "desafios regionais", incluindo "o problema nuclear iraniano".

A visita do diretor da CIA - que tem também previsto um encontro na quinta-feira com o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, na Cisjordânia ocupada - ocorre numa altura de aumento da tensão entre Israel e o Irão.

A 29 de julho, o MT 'Mercer Street', um petroleiro gerido por uma empresa de um milionário israelita, foi alvo de um ataque de 'drone' (avião não tripulado) ao largo de Omã, que matou um segurança britânico e um membro da tripulação romena.

Os Estados Unidos, o Reino Unido e Israel responsabilizaram o Irão, que desmentiu qualquer envolvimento.

Diplomata de carreira, William Burns esteve na origem, na administração de Barack Obama, de uma reaproximação ao Irão, conduzindo negociações secretas em 2011 e 2012 em Omã com este país que não tem relações diplomáticas com os Estados Unidos.

Estas discussões permitiram as posteriores, oficiais, entre o Irão e as grandes potências (Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, Rússia e China), que levaram ao acordo de 2015 sobre o nuclear iraniano, ao qual Israel se opôs e do qual o antigo presidente Donald Trump se retirou.

Leia Também: Forças afegãs "devem lutar por si mesmas" contra talibãs

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