Forças afegãs "devem lutar por si mesmas" contra talibãs
O Presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, afirmou hoje não se arrepender de concluir a retirada das tropas norte-americanas do Afeganistão, e que os afegãos "devem lutar por si mesmos".
© Getty Images
Mundo Joe Biden
"Não me arrependo da minha decisão", afirmou Biden, num momento que os talibãs continuam a conquistar território às forças governamentais.
Hoje, o enviado dos EUA ao Afeganistão avisou os talibãs de que um Governo que chegue ao poder pela força não obterá o reconhecimento internacional, após os insurgentes terem assumido o controlo de diversas cidades nas últimas semanas.
O enviado dos EUA, Zalmay Khalilzad, deslocou-se hoje a Doha, capital do Qatar, onde os talibãs possuem uma representação política, para dizer ao grupo insurgente que não deverá prosseguir os seus avanços no campo de batalha, e que a conquista militar da capital, Cabul, implicará o seu isolamento a nível internacional.
O enviado norte-americano e outros intervenientes esperam persuadir os líderes talibãs a regressarem às conversações com o Governo afegão, enquanto os Estados Unidos e as forças da NATO estão a finalizar a sua retirada militar do país asiático.
Os talibãs capturaram sete das 34 capitais provinciais em cerca de uma semana, e prosseguem a sua ofensiva contra o Governo de Cabul, apoiado pelo Ocidente, incluindo em Lashkar Gah, em Helmand, e Kandahar, na província com o mesmo nome.
Após uma presença militar ocidental de 20 anos e biliões de dólares gastos no treino e equipamento das forças afegãs, surgem as interrogações sobre o rápido colapso das forças regulares, com algumas situações em que os soldados fugiram às centenas do campo de batalha, refere a agência noticiosa Associated Press (AP).
Atualmente, os combates estão a cargo de pequenos grupos de forças de elite e da força aérea afegã, ainda apoiados pela aviação norte-americana.
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