EUA vão conceder asilo temporário a cidadãos de Hong Kong
O Presidente norte-americano, vai oferecer asilo temporário aos cidadãos de Hong Kong que estão nos Estados Unidos para que possam lidar com "a erosão dos seus direitos e liberdades" naquele território autónomo da China, anunciou hoje a Casa Branca.
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Mundo Diplomacia
"O apoio dos Estados Unidos ao povo de Hong Kong não diminuirá", escreveu Joe Biden numa ordem executiva hoje emitida.
"Perante as detenções e julgamentos políticos, o silenciamento dos meios de comunicação e o constrangimento imposto às eleições e à oposição democrática, continuaremos a agir", advertiu também a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki.
O texto publicado hoje dá ordens às autoridades de imigração norte-americanas para concederem aos cidadãos de Hong Kong que estão nos Estados Unidos uma prorrogação de 18 meses das suas estadas, permitindo-lhes trabalhar durante esse período, antes de qualquer obrigação de deixar os Estados Unidos.
O prolongamento do asilo pode, no entanto, ser recusado em certas condições, como por exemplo, se os requerentes não ficarem permanentemente nos Estados Unidos a partir deste despacho ou tiverem cometido um crime no país.
O anúncio da decisão ocorre num momento em que as relações entre Pequim e Washington estão a ficar mais tensas a cada dia.
A primeira visita de um alto funcionário da Administração Biden à China, a 26 de julho, correu mal.
"Os norte-americanos veem a China como um inimigo imaginário", sublinhou então o vice-ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Xie Feng, numa reunião com a "número dois" da diplomacia norte-americana, Wendy Sherman, em visita a Tianjin (norte).
No memorando hoje publicado, Biden reiterou as críticas à Lei de Segurança Nacional que Pequim impôs a Hong Kong em meados de 2020, após as mobilizações antigovernamentais nas ruas da ex-colónia britânica durante o segundo semestre de 2019.
Esta lei prevê penas de até prisão perpétua para casos de secessão, terrorismo ou conspiração com forças estrangeiras.
Biden afirmou que, com a imposição "unilateral" dessa medida, a China minou os direitos e liberdades de Hong Kong, incluindo aqueles que são protegidos pela Lei Básica (constituição de Hong Kong) e a Declaração Conjunta Sino-Britânica.
De acordo com a Declaração Sino-Britânica de 1984, Pequim deve manter as liberdades do território durante 50 anos, até 2047
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