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Centenas de pessoas manifestam-se no Chade contra a junta que tomou poder

Centenas de pessoas manifestaram-se hoje em N'Djamena contra a junta que tomou o poder no Chade, em abril, após a morte de Idriss Déby Itno, rodeadas por uma forte presença policial, segundo a agência AFP.

Centenas de pessoas manifestam-se no Chade contra a junta que tomou poder
Notícias ao Minuto

13:46 - 29/07/21 por Lusa

Mundo Chade

As associações da sociedade civil e o partido 'Os Transformadores', do opositor Succès Masra, apelaram a uma manifestação contra "a tomada do poder" do Conselho Militar de Transição (CMT), liderado pelo filho de Idriss Déby, Mahamat Idriss Déby Itno, e "exigem a revisão da carta atual e a organização de uma conferência nacional soberana, inclusiva e abrangente".

"Marchamos para exigir o restabelecimento da democracia e da justiça, que são as garantias de uma verdadeira paz", disse Narcisse, de 22 anos, à agência AFP, segurando um cartaz em que se lia "não à monarquia".

A manifestação foi autorizada numa avenida de três quilómetros de comprimento, no centro da capital chadiana, com a polícia fortemente presente, e decorreu num ambiente calmo.

No cartaz de um dos manifestantes lia-se "França fora do Chade" e algumas bandeiras francesas foram queimadas. A França, uma antiga potência colonial, tem sido acusada por alguns elementos da oposição de apoiar o novo Governo, desde que o Presidente Emmanuel Macron foi a N'Djamena para se encontrar com as novas autoridades, para o funeral de Déby, tendo sido o único chefe de Estado ocidental a participar.

"Vamos continuar a marchar até ao estabelecimento de uma potência civil. A França deve escolher o povo chadiano como seu verdadeiro interlocutor e não um pequeno grupo de indivíduos, ou será o eterno inimigo do povo chadiano", disse Max Loalngar, porta-voz de Wakit Tamma, uma plataforma de oposição.

Desde o anúncio da morte do Presidente Déby, em 20 de abril, Mahamat Idriss Déby Itno, 37 anos, tem concentrado quase todo o poder. Assumiu os títulos de Presidente da República e Chefe Supremo das Forças Armadas. Prometeu eleições "livres e democráticas" dentro de um período renovável de 18 meses, mas não excluiu a possibilidade de uma prorrogação da transição.

Em 27 de abril, seis pessoas foram mortas em N'Djamena e no sul do Chade, segundo as autoridades, nove de acordo com uma ONG local, durante manifestações proibidas, convocadas pela oposição e pela sociedade civil. Mais de 600 pessoas foram presas.

O CMT dissolveu o Parlamento e o Governo e revogou a Constituição. Sob pressão internacional, a junta finalmente nomeou um "governo de transição" civil em 02 de maio, chefiado pelo ex-primeiro-ministro Albert Pahimi Padacké.

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