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Ucrânia, Polónia e Lituânia celebram aliança contra "vizinhos agressivos"

A Ucrânia, Lituânia e Polónia sublinharam hoje a sua união para contrariar as ameaças de "vizinhos agressivos", no aniversário da criação do Triângulo de Lublin, uma plataforma de cooperação entre os três países.

Ucrânia, Polónia e Lituânia celebram aliança contra "vizinhos agressivos"
Notícias ao Minuto

14:24 - 28/07/21 por Lusa

Mundo Aliança

O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba , afirmou, em conferência de imprensa, que o Triângulo de Lublin "é parte da estratégia da Ucrânia para criar um cinto de segurança entre os mares Báltico e Negro", e considerou ainda que este formato de cooperação fornece uma alternativa real à política do "mundo russo" nesta parte da Europa.

"A Ucrânia, Polónia e Lituânia nunca voltarão à esfera de influência russa (...)", assinalou Kuleba, ao sublinhar que também para a Bielorrússia, muito dependente da Rússia, o grupo pode ser "uma alternativa real para o futuro".

A Bielorrússia será bem-vinda ao grupo quando "iniciar um percurso democrático e europeu", indicou o ministro.

Previamente, Kuleba disse, numa mensagem de vídeo e acompanhado pelos seus homólogos da Polónia, Zbigniew Rau, e da Lituânia, Gabrielius Landsbergis, que o Triângulo de Lublin é muito explícito no combate às "ameaças atuais e determinado quando se trata de defender o futuro europeu e euro-atlântico de vizinhos agressivos".

O seu colega lituano indicou que, no mundo atual, a capacidade de os países membros do Triângulo atuarem com unidade "ajuda a reforçar a cooperação regional e ao mesmo tempo enfrentar os desafios geopolíticos ao futuro da Europa, especialmente em relação às ameaças à democracia por parte de Estados vizinhos agressivos".

A Lituânia mantém relações tensas com a Rússia e ainda com a Bielorrússia, em particular devido à sua oposição ao regime do Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, e por acolher vários líderes opositores no exílio. E ainda pelo facto de Minsk ter permitido que mais de 2.100 migrantes, em particular do Médio Oriente e África, tenham cruzado ilegalmente a fronteira.

As autoridades lituanas descreveram a situação como uma forma de guerra híbrida por parte da Bielorrússia, em represália pelo seu apoio à oposição e por liderarem as medidas para impor sanções a Minsk após o desvio de um voo da Ryanair de Atenas para Vílnius, para prender um 'blogger' opositor.

Rau foi mais comedido na mensagem de vídeo, ao afirmar que o Triângulo de Lublin tem por objetivo "fomentar a cooperação e a adoção de decisões políticas, a economia e a segurança".

Já o ministro ucraniano, particularmente incisivo, resumiu os objetivos deste grupo regional: contrariar a "política agressiva da Rússia", a cooperação militar e de defesa, "aproveitando o potencial da NATO e da UE", cibersegurança e luta contra a desinformação, cooperação económica e interação energética para, entre outros motivos, contrariar a entrada em funcionamento do gasoduto russo Nord Stream 2 que vai reforçar o fornecimento de gás à Alemanha e outros países da região e evita território ucraniano.

Leia Também: NATO pede a Cabul "solução negociada" para o conflito no Afeganistão

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