Líbano. Presidente inicia consultas para designar novo primeiro-ministro
O Presidente libanês, Michel Aoun, iniciou hoje uma série de consultas políticas com vista à nomeação do novo primeiro-ministro do país, mais de dez dias depois da demissão do último chefe do Executivo designado.
© Getty Imagens
Mundo Governo
O último chefe de governo (designado), Saad Hariri deixou o cargo em meados do mês fazendo continuar a indefinição política envolta na grande crise económica que afeta o Líbano.
A presidência libanesa, através da conta oficial na rede social Twitter, indicou hoje que o ex-ministro Najib Mikati foi o primeiro a ser recebido por Aoun no Palácio Presidencial.
Mikati é uma das figuras mais indicadas para substituir Hariri que também já foi recebido por Miche Aoun.
Saad Hariri já demonstrou apoio a Najib Mikati, um empresário multimilionário que já foi chefe do Executivo.
O filho do antigo primeiro-ministro Rafic Hariri demitiu-se no passado dia 15 de julho após nove meses e sem ter formado um executivo por falta de acordo com Michel Aoun, supostamente devido às exigências do Presidente sobre o poder de veto dos cristãos, grupo religioso a que pertence o chefe de Estado.
Caso venha a ser designado, após as consultas políticas, Mikati pode enfrentar as mesmas dificuldades para formar Governo, tal como aconteceu a Hariri, porque não conta com apoio dos vários partidos cristãos e porque o governo tem de aprovar a composição ministerial após o acordo de Michel Aoun.
A demissão de Hariri ocorre em plena crise económica que afeta o país desde 2019 verificando-se atualmente uma grande escassez de alimentos e de produtos de primeira necessidade como medicamentos ou combustíveis.
A crise sanitária veio acentuar ainda mais a situação económica e financeira do Líbano onde os cortes elétricos são constantes verificando-se igualmente uma cada vez maior desvalorização da moeda local face ao dólar norte-americano.
Mikati, multimilionário de origem sunita e natural da cidade de Tripoli, no norte do Líbano já ocupou o cargo de primeiro-ministro em 2005 e mais tarde entre 2011 e 2013 tendo resignado na sequência das pressões políticas - provocadas pela guerra da Síria - contra um governo essencialmente dominado pelo Hezbollah (Partido de Deus).
Aparentemente, Mikati é apoiado pela França, ex-potência colonial, e pelos Estados Unidos.
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