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Associação pede medidas urgentes a favor dos jornalistas detidos em Cuba

A Associação Interamericana de Imprensa (SIP) apelou na segunda-feira para que a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) conceda medidas cautelares "urgentes" a favor de três jornalistas cubanos detidos e que estão incontactáveis há uma semana.

Associação pede medidas urgentes a favor dos jornalistas detidos em Cuba
Notícias ao Minuto

23:31 - 19/07/21 por Lusa

Mundo Associação Interamericana de Imprensa

Na sexta-feira, a SIP tinha apresentado à CIDH o pedido de medidas cautelares em benefício de Henry Constantín Ferreiro, jornalista e diretor da revista La Hora de Cuba e vice-presidente da Comissão de Liberdade de Imprensa e Informação da SIP para Cuba desde 2016, de Iris Mariño, jornalista e fotógrafa, e de Neife Rigau, designer.

O presidente da SIP, Jorge Canahuati, e o presidente da Comissão de Liberdade de Imprensa e Informação, Carlos Jornet, referiram na segunda-feira que a situação em Cuba necessita de decisões urgentes por parte da comunidade internacional.

"Temos a certeza de que as autoridades querem dar um exemplo a outros jornalistas independentes, pressionando Constantín Ferreiro, já limitado e ameaçado [pelo regime] desde que passou a ocupar o cargo de vice-presidente regional do nosso comité", destacaram em comunicado conjunto, citado pela agência EFE.

Apesar de reconhecer que existem mais casos em Cuba que merecem a atenção da CIDH, a SIP focou os casos de Constantín Ferreiro, Mariño e Rigau, lembrando que estes foram detidos em 11 de julho de 2021, e que "permanecem incomunicáveis" sem que a sua família saiba da sua condição.

Esta associação salientou ainda que a CIDH deve considerar "a grave situação de risco que correm estes jornalistas, vítimas de ameaças e perseguições nos últimos anos devido ao seu trabalho independente".

Na sua petição, a SIP solicitou à CIDH que estenda as medidas cautelares às famílias de Constantín Ferreiro, Mariño e Rigau, devido aos receios que estas sofram represálias por parte do regime.

Milhares de cubanos saíram às ruas em 11 de julho para protestar contra o Governo gritando "liberdade!" num dia sem precedentes em décadas e que resultou em centenas de detenções e confrontos.

As manifestações alastraram a todo o país, impulsionadas por um vídeo em que vizinhos de San Antonio de los Baños (30 quilómetros a leste de Havana) saíram à rua para protestar contra a falta de alimentos e medicamentos e os cortes de eletricidade, no contexto de uma grave crise económica e sanitária.

Desde então, as autoridades exercem um forte controle para evitar novos protestos.

O observatório da Internet Netblocks anunciou, numa atualização na rede social Twitter do seu relatório sobre Cuba após as manifestações de domingo, que às limitações à utilização do Facebook, WhatsApp e Twitter se somaram restrições na plataforma de vídeos YouTube.

Na terça-feira, cerca de 130 pessoas estavam presas ou desaparecidas, de acordo com uma lista de nomes publicada na rede social Twitter pelo movimento de protesto San Isidro.

Leia Também: UE apela à libertação de manifestantes e jornalistas detidos em Cuba

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