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Candidata a adesão à UE, Sérvia promete não impor sanções à Rússia

A Sérvia comprometeu-se hoje a nunca impor sanções à Rússia, apesar dos apelos da União Europeia de que o Governo sérvio deverá alinhar a sua política externa com a do bloco de 27 países se quiser tornar-se Estado-membro.

Candidata a adesão à UE, Sérvia promete não impor sanções à Rússia
Notícias ao Minuto

20:25 - 24/06/21 por Lusa

Mundo Sérvia

O presidente do parlamento sérvio, Ivica Dacic, declarou que a Rússia é o melhor aliado da Sérvia e protege a sua "integridade territorial" -- referindo-se ao apoio manifestado por Moscovo à recusa de Belgrado em reconhecer a independência da sua antiga província do Kosovo, proclamada em 2008.

Falando numa conferência intitulada "A Rússia nos Balcãs, um olhar para o futuro", Dacic disse que "apesar das pressões", a Sérvia nunca imporá sanções à "sua amiga Rússia".

"As relações entre a Sérvia e a Rússia são de importância estratégica [e] estão no nível mais alto nível de que as nossas gerações têm memória", afirmou.

Ao contrário dos vizinhos Montenegro, Macedónia do Norte e Albânia, a Sérvia não se juntou às sanções ocidentais contra a Rússia, após esta ter anexado a Crimeia ou ter prendido o líder da oposição russo, Alexei Navalny.

Em vez disso, a Sérvia -- que iniciou o processo formal de adesão à UE -- tem andado a forjar laços estreitos com a Rússia, sua aliada eslava tradicional, e com a China, apesar das advertências do Ocidente sobre a alegada influência "maligna" das duas potências na região balcânica, que ainda está a recuperar das guerras da década de 1990.

No Ocidente, alguns temem que a Rússia, que tem armado a Sérvia, possa encorajar Aleksandar Vucic, o Presidente autoritário sérvio, a destabilizar a ainda volátil região.

Usando a conferência pró-Rússia para dar voz à plataforma nacionalista sérvia que desencadeou o conflito sangrento dos anos 1990, o ministro do Interior sérvio, Aleksandar Vulin, sustentou que os sérvios "têm o direito de estar unidos, de viver juntos".

"Não é nosso desejo viver juntos numa terra estrangeira (a UE), mas viver juntos na nossa terra, que nós gerimos", disse Vulin, um convicto apoiante do Kremlin.

O objetivo nacionalista sérvio de criar "a Grande Sérvia" redesenhando à força as fronteiras internas da antiga Federação da Jugoslávia levou ao mais sangrento conflito na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

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