Para a chanceler alemã, os 27 países da União Europeia não podem permitir que "reações descoordenadas" face às provocações russas.
Num discurso feito hoje de manhã perante a câmara baixa do parlamento de Berlim, horas antes da cimeira europeia, a chanceler desejou que os líderes da União Europeia trabalhem a favor de uma resposta coordenada em relação a Moscovo porque "só dessa forma se pode fazer frente" à atividade da Rússia contra os interesses do bloco europeu.
Referindo-se ao encontro entre os chefes de Estado da Rússia, Vladimir Putin, e dos Estados Unidos, Joe Biden, em Genebra, Merkel alertou que a União Europeia deve manter diálogo independente com Moscovo na defesa dos próprios interesses.
Angela Merkel, referiu-se também a outras questões da política externa da União Europeia como as relações com a República Popular da China e a Turquia.
No caso da República Popular da China, Merkel defendeu que a União Europeia tem de ser capaz de apresentar "à comunidade internacional" uma proposta diferente e "melhor" à de Pequim e que tenha como base "valores comuns" europeus.
Nesse sentido, anunciou que a presidência alemã do grupo dos países do G7 vai apresentar novas propostas.
Sobre a Turquia, a chanceler alemã assinalou que a União Europeia tem "graves diferenças" com Ancara, especialmente em matéria de proteção dos direitos humanos, mas mostrou-se favorável a manter o diálogo com o governo turco, especialmente na questão relacionada com os movimentos migratórios.
Merkel insistiu que a União Europeia tem de enfrentar de forma eficaz a reforma das políticas de asilo e acolhimento dos refugiados e defendeu que deve ser estreitada a forma de trabalhar entre os países de origem e os países de trânsito.
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