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Biden prepara-se para anunciar plano de combate a onda de crime violento

O presidente dos EUA, Joe Biden, deve anunciar hoje novos esforços para acalmar uma crescente onda de crime violento no país, com foco na violência armada e na necessidade de mais financiamento policial em algumas cidades.

Biden prepara-se para anunciar plano de combate a onda de crime violento
Notícias ao Minuto

23:29 - 23/06/21 por Lusa

Mundo EUA

O plano de Biden pode passar por dar resposta a estes problemas, assim como prestar apoio comunitário, adianta a Associated Press (AP), que refere que permanecem dúvidas sobre a eficácia dos esforços federais em acalmar o que se prevê que venha a ser um verão turbulento.

As taxas de criminalidade aumentaram depois de uma queda abrupta no período inicial da pandemia, criando dificuldades económicas e ansiedade.

A secretária para a imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, disse que Biden defende que o crescimento do crime é "inaceitável" e que haverá um foco específico em medidas "para conter o fluxo de armas de fogo usadas para cometer violência".

No entanto, há questões políticas envolvidas e o plano de Biden mostra como o presidente democrata tem as opções limitadas nesta matéria.

Os passos da administração norte-americana vão no sentido de reprimir os vendedores de armas que violam a lei federal e ajudar a estabelecer forças de ataque em várias cidades que ajudem a travar o tráfico de armas. Há ainda o objetivo de procurar mais financiamento para a agência que segue a localização das armas no país.

No entanto, sublinha a AP, parte do plano de Biden é de caráter voluntário, com sugestões de reaplicação de fundos para combater a pandemia de covid-19 em policiamento ou estratégias como empregos de verão para adolescentes. O impacto depende da adesão por parte das autoridades locais.

Biden, que já se declarou contra a ideia de cortar financiamento às forças policiais, advogadas na sequência de episódios de violência de polícias contra cidadãos, como o que vitimou George Floyd, admite, no entanto, que possam ser alvo de reformas.

Os republicanos rapidamente tentaram retratar as medidas da administração como estando fora do âmbito da ação do presidente, ligando-as a tentativas de controlar a polícia.

Biden deve anunciar uma política de "tolerância zero" que não dê margem de manobra a comerciantes de armas que violem a lei, podendo perder a licença de venda à primeira violação.

O presidente norte-americano já anunciou ações executivas para o controlo de armas, incluindo a repressão das chamadas "armas fantasma", armas caseiras sem número de série que permitam rastreá-las e que são frequentemente vendidas sem controlo.

Um conjunto de grupos contra o crime e contra as armas aplaudiram a ação da Casa Branca.

"O presidente está a ajudar a uma muito necessária conversação sobre a redução do crime violento. Um maior investimento na intervenção comunitária vai ajudar a reduzir o crime violento", disse Paul DelPonte, diretor do Conselho Nacional de Prevenção do Crime.

"Estratégias que aumentem o envolvimento público na segurança pública já demonstraram ser capazes de travar o crime. Colocar mais polícias treinados para a prevenção do crime nas ruas faz sentido", acrescentou.

A Câmara dos Representantes passou dois projetos de lei a exigir a verificação de antecedentes em todas as vendas de armas de fogo, assim como uma revisão da venda 10 dias após a compra, mas não deverá passar no Senado, onde precisaria de algum apoio dos Republicanos.

Biden vai procurar mais transparência na informação sobre armas e maior coordenação entre estados, para além de pressionar o Congresso para aumentar o financiamento à Agência para o Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos, responsável pela regulação da venda de armas.

O Departamento de Justiça também vai criar forças de ataque em Chicago, Nova Iorque, Los Angeles, São Francisco e Washington D.C. para ajudar a neutralizar os traficantes de armas.

A polícia queixa-se de estar a lidar com um aumento da criminalidade e tensões contínuas com a comunidade, para além de afirmarem que os seus pedidos de apoio ficam sem resposta.

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