Ativista dos Direitos Humanos da Argélia detida sem culpa formada
A defensora dos Direitos Humanos argelina Fatiha Briki foi detida na semana passada em Argel sem culpa formada, denunciou hoje a família ao Comité Nacional para a Libertação dos Presos (CNLD).
© iStock
Mundo Argélia
Briki, professora universitária reformada, ativista dos Direitos Humanos, foi presa depois de a casa onde reside ter sido alvo de buscas na quinta-feira passada disse o CNLD, um grupo de apoio aos presos por delito de opinião argelino.
A família de Fatiha Briki que se destacou durante a guerra de independência contra a França (1956-1962) ainda não foi autorizada a visitar a detida.
"Fatiha não tem de estar na prisão! Fatiha Briki deve ser libertada de imediato!", disse a família através de um comunicado.
A ativista participava regularmente nas marchas do movimento de contestação Hirak que foi ilegalizado pelo Ministério do Interior.
O regime argelino tem restringido as ações do Hirak, um movimento criado em fevereiro de 2019, impedindo as manifestações e aumentando o número de detenções e acusações judiciais contra os opositores políticos, ativistas, jornalistas e advogados.
Na quinta-feira, um outro professor universitário, Abdelali Rezaqui, analista político e conhecido pela intervenção nos meios de comunicação social, foi detido pelos serviços de segurança na região de Argel tendo sido libertado horas mais tarde, sem qualquer tipo de explicação.
Pelo menos 260 pessoas ligadas ao movimento Hirak estão presas, de acordo com o CNLD.
Mais de 80 organizações não-governamentais argelinas e internacionais questionaram recentemente o Conselho de Direitos Humanos da ONU por causa da "escalada repressiva" das autoridades argelinas "e a criminalização das liberdades fundamentais".
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