A viagem constitui a primeira visita de um alto responsável israelita a Washington desde a constituição do novo Governo naquele país.
O general Aviv Kohavi deverá partir de Telavive no sábado, para uma visita oficial de seis dias, estando previsto que vá à sede do Comando Militar dos EUA para o Médio Oriente, na Florida, e que se encontre com interlocutores norte-americanos para debater a guerra que, em maio, opôs, durante 11 dias, o Estado hebraico ao movimento islâmico no poder na Faixa de Gaza Hamas.
Os combates, que se desenrolaram entre 10 e 21 de maio, provocaram a morte de 260 palestinianos, segundo as autoridades locais, sendo que, em Israel, disparos de foguetes de Gaza mataram 13 pessoas, quase todas civis, de acordo com a polícia e militares.
A ONU e o Egito estão atualmente a tentar consolidar o frágil cessar-fogo que entrou em vigor há quatro semanas - violado esta semana com o lançamento de balões incendiários de Gaza e com ataques aéreos israelitas - para dar início à reconstrução e desenvolvimento do enclave sobrepovoado e sob bloqueio israelita que é a Faixa de Gaza.
O Hamas disse estar aberto a "negociações indiretas" para troca de prisioneiros, numa altura em que Israel já admitiu querer repatriar os corpos de dois soldados mortos em 2014 e dois civis que entraram em Gaza por vontade própria e estão detidos.
A devolução dos restos mortais dos dois soldados é um "pré-requisito para qualquer grande desenvolvimento" sobre Gaza, disse hoje um responsável do exército israelita.
O Irão será outro assunto importante a debater na visita aos Estados Unidos.
De acordo com a mesma fonte, Kohavi discutirá as "violações pelo Irão do acordo [sobre energia] nuclear de 2015", do qual a administração Trump se retirou unilateralmente em 2018, mas que o novo Presidente dos EUA, Joe Biden, deseja reatar.
"Temos de nos preparar rapidamente para um regresso ao acordo nuclear com o Irão", disse esta semana o novo ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Yair Lapid, especificando que "Israel fará tudo o que estiver ao seu alcance para evitar que o Irão obtenha a bomba nuclear".
O novo Governo de Israel tomou posse no domingo, pondo fim a 12 anos ininterruptos de gestão de Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro mais duradouro da história do Estado judeu.
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