Meteorologia

  • 25 ABRIL 2024
Tempo
13º
MIN 13º MÁX 19º

Polícia israelita acusado de matar palestiniano autista

Procuradores de Israel acusaram hoje um agente da polícia israelita de homicídio por negligência de um palestiniano autista, morto a tiro na Cidade Velha de Jerusalém o ano passado.

Polícia israelita acusado de matar palestiniano autista
Notícias ao Minuto

16:07 - 17/06/21 por Lusa

Mundo Israel/Palestina

A acusação ocorreu pouco mais de um ano depois do assassínio de Eyad Hallaq, cuja família já tinha criticado a investigação das autoridades israelitas ao sucedido e pedido uma acusação mais dura.

O agente, que não é identificado na acusação apresentada hoje ao Tribunal Distrital de Jerusalém, arrisca uma pena de até 12 anos se for condenado.

Hallaq, 32 anos, foi morto a tiro a 30 de maio de 2020, quando se deslocava para a instituição de apoio que frequentava. O comandante do polícia, presente durante o incidente, não foi acusado.

De acordo com notícias na altura, Hallaq foi baleado após ter fugido e não ter respeitado os pedidos da polícia para que parasse. Dois elementos da polícia paramilitar de fronteira de Israel perseguiram-no e ele foi atingido quando se tentava esconder junto a um caixote do lixo.

Na acusação entregue hoje, os procuradores indicam que Hallaq foi atingido no estômago e que o acusado disparou contra ele uma segunda vez, atingindo-o no peito, quando já estava estendido no chão.

Há um ano, uma mulher, que seria a professora de Hallaq e que estaria com ele na altura do incidente, disse a uma televisão israelita que havia repetidamente alertado a polícia que ele era "deficiente".

A zona onde o incidente ocorreu, perto da Porta do Leão, é palco de confrontos frequentes entre palestinianos e as forças de segurança israelitas e as ruas estreitas da Cidade Velha estão repletas de câmaras de segurança, mas no verão passado os procuradores alegaram que não funcionaram naquela altura e que não havia imagens do sucedido.

A família de Hallaq expressou preocupação de que o assassínio fosse branqueado, sobretudo depois do alegado mau funcionamento das câmaras de segurança.

Em casos de ataques contra as forças de segurança israelitas, a polícia divulga muitas vezes rapidamente as imagens das câmaras de segurança.

Palestinianos e grupos de defesa dos direitos humanos dizem que Israel tem um fraco historial nos processos de casos de violência policial contra palestinianos.

Ayman Odeh, líder da Lista Unida dos partidos árabes no parlamento israelita, considerou, através da rede social Twitter, que a acusação de homicídio por negligência é "de enfurecer e difamante".

O caso de Hallaq foi comparado ao da morte de George Floyd nos Estados Unidos, sufocado pela polícia, e desencadeou uma série de pequenas manifestações contra a violência policial, onde também participaram judeus. Os líderes israelitas lamentaram o incidente.

Leia Também: Adolescente palestiniano baleado por soldados israelitas morreu

Recomendados para si

;
Campo obrigatório