França organiza cimeira para ajuda de emergência ao Exército do Líbano
A França organiza na quinta-feira uma reunião internacional destinada à ajuda de emergência ao Exército libanês afetado pela crise económica no Líbano, que se vem agravando nos últimos meses.
© Reuters
Mundo Líbano
Duas dezenas de países, entre os quais os Estados Unidos, países do Golfo e da União Europeia, vão participar de forma virtual, assim como os representantes das Nações Unidas e do bloco europeu, disse hoje o gabinete da ministra francesa para as Forças Armadas, Florence Parly.
"Após vários meses, o Exército libanês encontra-se em dificuldades para fazer face a necessidades básicas", alimentares, sanitárias e de treino com equipamento, acrescenta o ministério francês.
"A situação é problemática visto que as Forças Armadas libanesas são um pilar institucional que impede a degradação da situação securitária do país", sublinha o gabinete de Florence Parly.
A influência política de Paris na região prolongou-se depois do mandato da Liga das Nações, no final da Grande Guerra (1914-1918), e que terminou nos anos 1940 dando origem ao Líbano e à Síria.
A conferência de quinta-feira vai ser iniciada por Florence Parly e pelo homólogo italiano Lorenzo Guerini.
O governo de Roma mostra-se empenhado na questão e os Estados Unidos prometeram contribuir na ajuda às Forças Armadas.
França gastou um milhão de euros em rações para o Exército libanês desde o princípio do ano e deve anunciar o envio de material médico anti-covid-19, além de peças sobressalentes para veículos militares como blindados e helicópteros.
As necessidades urgentes referem também "combustível, lubrificantes, pneus e baterias" o que mostra a "situação crítica" das Forças Armadas, frisou o governo de Paris.
Por outro lado, a "comunidade internacional" condiciona a ajuda económica e financeira ao Líbano à aplicação de reformas estruturais e à nomeação de um novo Governo.
O presidente francês, Emmanuel Macron, tem exercido pressão nesse sentido desde o verão de 2020 junto dos dirigentes libaneses, mas sem resultados.
O país está sem governo há dez meses devido à falta de entendimento entre os partidos políticos acusados pela população de estarem a colapsar o país.
O Líbano está a ser seriamente afetado pela desvalorização da moeda local, pela pobreza, pelo crescente desemprego e pela grave redução (90%) dos salários reais.
Leia Também: Líbano regista nova queda recorde da moeda nacional
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com