Especialistas alertam para proliferação de explosivos na RDCongo
Um grupo de especialistas das Nações Unidas encarregado de aplicar sanções na República Democrática do Congo (RDCongo) alertou para a proliferação de engenhos explosivos improvisados no nordeste do país, segundo um relatório anual apresentado ao Conselho de Segurança.
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Mundo RDCongo
"O grupo recomenda que o Conselho de Segurança mandate a Monusco [força da Organização das Nações Unidas na RDCongo] para melhorar a sua capacidade de combate aos engenhos explosivos improvisados", referiu o relatório citado pela agência France-Presse.
Segundo os especialistas, as forças de manutenção de paz devem desenvolver a sua "capacidade de sensibilização, busca, deteção e resposta" aos engenhos explosivos improvisados.
Durante o período analisado, "particularmente nas áreas operacionais das ADF [Forças Democráticas Aliadas, na sigla em inglês, com base no Uganda], registaram-se incidentes de utilização de engenhos explosivos improvisados".
De acordo com os especialistas, a utilização deste tipo de armas destina-se mais a garantir o controlo de áreas do que a ser utilizada como um instrumento terrorista.
No relatório, os peritos abordaram também a morte, em fevereiro, do embaixador italiano na RDCongo, Luca Attanasio, no leste do país durante um ataque a uma caravana de ajuda humanitária do Programa Alimentar Mundial.
Neste caso, os autores do documento dizem que não conseguiram estabelecer a identidade dos autores do ataque, recordando que ainda decorrem as investigações nacionais e internacionais.
No início de maio, Kinshasa declarou um estado de sítio em algumas das regiões do país. Esta condição deverá manter-se e envolve a transferência de poder dos governantes locais para os militares.
O objetivo da iniciativa é erradicar a violência perpetrada por cerca de 120 grupos armados ativos no leste do país, segundo o chefe de Estado congolês, Félix Tshisekedi.
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