"É importante que todas as partes se abstenham de tomar decisões que possam exacerbar as tensões e que tomem também medidas para evitar provocações e escaladas" de violência, disse o porta-voz do Departamento de Estado norte-americana, Ned Price.
Terça-feira, o governo israelita autorizou a realização, a 15 deste mês, da marcha, mesmo depois de o movimento islâmico palestiniano Hamas, no poder na Faixa de Gaza e que se opôs a Israel durante o conflito em maio, ter ameaçado com uma escalada da violência se a manifestação fosse mantida.
Questionado sobre a decisão israelita, Ned Price disse tratar-se de uma situação "delicada" e referiu que não pretende "colocar desnecessariamente os holofotes" num evento em particular.
"Todos nós observámos o que precipitou o último surto de violência. Continuamos a falar em privado, a estabelecer um diálogo privado com israelitas e palestinianos e com outros na região para evitar decisões que exacerbem essas tensões", argumentou.
Os apelos internacionais para a suspensão da marcha têm-se multiplicado, temendo-se o reacender das tensões.
Terça-feira, o enviado da ONU para o Oriente Médio, Tor Wennesland, também pediu a Israel e ao Hamas para que se abstenham de "provocações" e que "mostrem contenção" com o objetivo de consolidar o cessar-fogo, que entrou em vigor a 21 de março.
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