Num primeiro balanço foi anunciado que o míssil provocou a morte de 14 pessoas, segundo a mesma fonte, que precisou que pelo menos cinco pessoas ficaram feridas.
O míssil atingiu uma bomba de gasolina no bairro de Rawdha, na cidade central de Marib, segundo Ali al-Ghulisi, secretário de imprensa do governador da província, citado pela agência de notícias AP.
O responsável apelou à ONU e aos Estados Unidos para que condenassem o ataque, afirmando que se tratou de um crime de guerra. O ataque não foi alvo de qualquer comentário por parte dos houthis.
A agência noticiosa SABA, gerida pelo governo, informou que os rebeldes também fizeram rebentar um drone carregado de explosivos pouco depois do ataque com mísseis. O drone, disse a agência, destruiu duas ambulâncias que tinham ocorrido ao local.
O ataque ocorreu apenas um dia após o enviado especial dos EUA para o Iémen, Tim Lenderking, ter acusado os rebeldes de não tentarem um cessar-fogo, urgentemente necessário. Os houthis, apoiados pelo Irão, têm a grande responsabilidade de se recusarem a envolver-se de forma significativa e de tomarem medidas para "resolver um conflito de quase sete anos que trouxe um sofrimento inimaginável ao povo iemenita".
O Iémen está envolvido numa guerra civil desde 2014, quando os houthis, apoiados pelo Irão, controlaram grande parte do norte do país e chegaram mesmo à capital, Sanaa, forçando então o governo internacionalmente reconhecido a exilar-se. Uma coligação de vários países, entre eles a Arábia Saudita, está a apoiar o Governo. A guerra já matou mais de 130 mil pessoas e provocou a pior crise humanitária do mundo.
As críticas de Tim Lenderking foram divulgadas numa declaração feita pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos após o seu regresso de uma missão diplomática que o levou ao Iémen, Arábia Saudita, Omã, Emirados Árabes Unidos e Jordânia.
O responsável norte-americano também condenou a ofensiva dos rebeldes na província de Marib, rica em petróleo e controlada pelo Governo internacionalmente reconhecido.
Os ataques a Marib começaram em fevereiro passado, com os rebeldes a tentarem completar o controlo da parte norte do Iémen. Até agora as forças governamentais, ajudadas pela coligação liderada pela Arábia Saudita, têm repelido os ataques.
Leia Também: Rebeldes houthi lançam míssil em cidade e matam 14 pessoas