Macron e Dbeibah defendem a partida de mercenários estrangeiros da Líbia
O Presidente francês, Emmanuel Macron, encontrou-se hoje com o primeiro-ministro do Governo de Unidade Nacional líbio, Abdelhamid Dbeibah, e defendeu a necessidade de o país recuperar a sua soberania sem a interferência de mercenários e países estrangeiros.
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Mundo Líbia
"A França está determinada a dar-lhe todo o apoio, primeiro em matéria de segurança, implementando integralmente o cessar-fogo de 23 de outubro, e, como os líbios exigem, com o fim das ingerências externas e a partida de todas as forças estrangeiras: russos, turcos, mercenários sírios e todos os outros", disse Macron.
O líder líbio, que se deslocou à residência oficial da presidência francesa, acompanhado por uma grande comitiva e pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros, Najla Mangouh, afirmou no final da reunião que espera receber apoio francês para alcançar a soberania em todo o território e contribuir para o fim da presença de mercenários e para a reunificação das forças militares.
Dbeibah agradeceu à França e à União Europeia por apoiarem a Líbia na luta contra a imigração ilegal, a luta contra o terrorismo e a criminalidade transfronteiriça.
"O problema da migração ilegal não pode ser tratado no meio do Mediterrâneo ou nas costas líbias, mas na raiz, nos países de origem", defendeu Dbeibah.
O encontro entre os líderes centrou-se sobretudo na necessidade de estabilidade no país africano, que durante uma década - desde a queda do regime de Muammar Kadhafi - tem estado imerso em conflitos internos e caos, alimentado em parte pela intervenção de potências estrangeiras.
"A apresentação de um executivo unificado e inclusivo, que representa toda a sociedade líbia, e que torna possível ultrapassar as divergências que têm dividido o país desde 2011, tem sido uma etapa importante na saída da demasiado longa crise líbia", referiu Macron, sobre a formação, este ano, do Governo de Unidade.
Para a França, o importante, agora, é facilitar uma reforma para a Líbia conseguir a soberania militar e preparar o caminho para eleições no final do ano, que devem ser precedidas por "um trabalho de reconciliação" e legitimidade do Governo de Unidade.
"A França está disponível e estamos totalmente empenhados em ajudá-los a este respeito", vincou o presidente galês.
Macron fez também referência ao desafio colocado à região e ao Mediterrâneo pela estabilidade do país, para o qual é necessário pôr fim ao desarmamento, reintegrar as milícias e controlar as fronteiras terrestres e marítimas.
"Não deixaremos atuar aqueles que ameaçam a unidade e soberania líbias e prosperem graças à vossa instabilidade", acrescentou Macron.
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