ONU insiste na necessidade de diálogo para resolver conflitos na Colômbia

A Organização das Nações Unidas (ONU) insistiu hoje na "necessidade de fortalecer o diálogo como instrumento fundamental para resolver conflitos", após um mês de protestos na Colômbia, nos quais se têm registado mortes em confrontos com a polícia.

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© RAUL ARBOLEDA/AFP via Getty Images

Lusa
30/05/2021 00:04 ‧ 30/05/2021 por Lusa

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"Faço um apelo a todos os intervenientes para que previnam e eliminem a violência e façam todos os possíveis para reduzir as tensões e evitar a sua escalada", referiu o representante da ONU na Colômbia, Carlos Ruiz Massieu, num comunicado, citado pela agência Efe.

Depois dos "graves acontecimentos em Cali" de sexta-feira, quando se cumpria um mês de mobilizações sociais e políticas no país e aconteceram 13 homicídios, dos quais pelo menos três estão relacionados com os protestos, o representante da ONU considerou que "em qualquer circunstância, incluindo nas mais difíceis, tem que se promover o diálogo".

Posição idêntica defendeu o departamento da ONU para os Direitos Humanos, que na sexta-feira à noite fez um "apelo urgente à retoma do diálogo para dar resposta às preocupações de todas as pessoas e ao respeito absoluto dos direitos humanos".

"Apenas o diálogo, não as armas, pode garantir os direitos de todos e de todas", lê-se numa publicação na conta oficial da rede social Twitter da representação na Colômbia do departamento, dirigido pela ex-presidente chilena Michelle Bachelet.

A terceira cidade mais importante da Colômbia voltou a ser epicentro da violência no país durante os protestos, que duram há um mês, e durante os quais aconteceram 13 mortes, a maioria com recurso a armas de fogo.

O Presidente da Colômbia, Iván Duque, ordenou na sexta-feira o envio do Exército para as ruas da cidade de Cali, foco dos protestos violentos que decorrem há mais de um mês.

As violentas manifestações, duramente reprimidas pelas forças policiais, e a maioria das mortes, foram registadas no departamento de Vale do Cauca, região marcada pela pobreza, racismo, tráfico de drogas e ainda pelo ressurgimento do conflito com um grupo dissidente das FARC, após os acordos de paz assinados guerrilha em 2016.

O Governo afirma que os guerrilheiros se infiltraram nos manifestantes para provocar vandalismo e atacar as forças de segurança.

Os protestos começaram em 28 de abril, contra um projeto de reforma fiscal do Presidente de direita, rapidamente abandonado, que visava aumentar o IVA e alargar a base do imposto sobre os rendimentos.

Leia Também: ONU apela à solidariedade do G20 face à "distribuição injusta" de vacinas

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