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Von der Leyen manifesta "admiração pela coragem" de opositora bielorrussa

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, escreveu hoje à líder da oposição da Bielorrússia, Svetlana Tikhanouskaia, manifestando "admiração pela coragem", e anunciando um plano de três mil milhões de euros para apoiar a transição democrática.

Von der Leyen manifesta "admiração pela coragem" de opositora bielorrussa
Notícias ao Minuto

11:50 - 28/05/21 por Lusa

Mundo Bielorrússia

"A presidente escreveu hoje à líder da oposição na Bielorrússia, Svetlana Tikhanouskaia, e a outras personalidades de destaque da oposição para expressar o seu respeito e admiração pela coragem e força do povo da Bielorrússia", anunciou a porta-voz da Comissão Europeia para as áreas da cooperação internacional e desenvolvimento.

Falando na conferência de imprensa diária da instituição, em Bruxelas, Ana Pisonero acrescentou que, nessa missiva, Ursula von der Leyen comunicou que a União Europeia (UE) está "pronta a empenhar-se, de todas as formas possíveis, para acompanhar uma transição democrática pacífica na Bielorrússia".

Para tal, criou "um plano abrangente de apoio económico a uma Bielorrússia democrática de até três mil milhões de euros, que foi apresentado hoje pela Comissão ao Conselho", referiu a porta-voz.

Ana Pisonero apontou que "este pacote substancial de investimento é composto por uma mistura de subvenções e empréstimos, alavancando a cooperação de investimentos públicos e privados com as instituições financeiras internacionais".

O objetivo é "apoiar uma futura Bielorrússia democrática a estabilizar a sua reforma económica e as suas instituições para as tornar mais democráticas e impulsionar reformas económicas que aumentem o potencial de crescimento da resistência do país e a criação de emprego", referiu.

Previsto está, porém, que a UE só reative o plano "quando a Bielorrússia entrar nessa transição democrática", salvaguardou Ana Pisonero, adiantando que o plano "é uma mensagem de esperança e apoio ao povo bielorrusso".

As tensões entre a UE e a Bielorrússia subiram de tom no passado domingo, na sequência de um desvio forçado de um voo da Ryanair para Minsk (Bielorrússia), a meio de uma viagem entre Atenas (Grécia) e Vílnius (Lituânia), que culminou com a detenção do jornalista e ativista bielorrusso Roman Protasevich.

Reunidos em Bruxelas na segunda-feira, os líderes europeus acordaram solicitar às companhias europeias para evitar o espaço aéreo bielorrusso, enquanto banem as transportadoras da Bielorrússia na Europa, exigindo ainda mais sanções contra o regime de Lukashenko.

Este tema foi colocado na agenda do Conselho Europeu do início da semana visando a aplicação de pesadas sanções à Bielorrússia, além das já existentes (de, por exemplo, congelamento de bens) contra o Presidente bielorrusso, Aleksandr Lukashenko, e opressores do regime.

Roman Protasevich, cujo canal Nexta na rede social Telegram se tornou a principal fonte de informação nas primeiras semanas de protestos antigovernamentais após as eleições presidenciais de agosto de 2020, acabou detido pelas autoridades bielorrussas no passado domingo, quando os cerca de 120 passageiros do avião da Ryanair foram forçados a submeter-se a novo controlo em Minsk devido a um suposto aviso de bomba.

Em outubro de 2020, a UE avançou com sanções contra Alexander Lukashenko, reforçando as medidas restritivas adotadas contra repressores das manifestações pacíficas no país.

As presidenciais de 09 de agosto na Bielorrússia deram a vitória a Lukashenko, com 80% dos votos, no poder há 26 anos, o que é contestado pela oposição e não é reconhecido pela UE.

Leia Também: Desvio de avião pela Bielorrússia mostra importância de relação UE-EUA

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