ONU relocaliza pessoal de Goma devido à atividade do vulcão Nyiragongo
A Organização das Nações Unidas decidiu "relocalizar" o seu pessoal não essencial de Goma, no leste da República Democrática do Congo (RD Congo), devido à atividade contínua do vulcão Nyiragongo, anunciou hoje uma fonte da ONU.
© AFP via Getty Images
Mundo RD Congo
"Decidimos deslocar pessoal não essencial em resposta direta à atual crise associada ao vulcão", disse Mathias Gillman, porta-voz da missão da ONU no país, em declarações à agência France-Presse.
O porta-voz explicou que a "decisão diz respeito a todo o sistema da ONU, tanto Monusco [missão de paz das Nações Unidas na RDCongo] como agências da ONU", deixando claro que não se trata de "uma evacuação".
"Diz respeito ao pessoal internacional e nacional, que tem a possibilidade de permanecer no local", acrescentou a fonte. O pessoal da ONU será temporariamente deslocado para Bukavu e Sake, no leste do Congo, ou para Kigali e Kampala.
Goma, a capital da conturbada província do Kivu Norte, é também a base de muitas organizações não-governamentais (ONG) e outras organizações internacionais. A maioria retirou ou reduziu o seu pessoal ao mínimo necessário.
A atividade sísmica em Goma e na região continua intensa, após a erupção do vulcão Nyiragongo este sábado, alimentando o medo de outra erupção.
Depois de uma fuga massiva no sábado e do regresso cauteloso à cidade desde domingo, os residentes de Goma regressaram hoje à estrada para voltar a fugir da cidade.
Muitos veículos tomaram a estrada para Sake (sudoeste de Goma), na direção da região de Masisi ou da cidade de Bukavu. Outros automóveis dirigiam-se para a fronteira ruandesa, a poucos quilómetros a sul de Goma. Finalmente, centenas de pessoas embarcaram em barcos no porto de Goma para Bukavu, na margem do Lago Kivu.
Na cidade, onde a atividade sísmica está a abrir fendas no solo e nas estradas, a atividade foi-se reduzindo à medida que o dia avançava.
O hospital de Goma está sobrecarregado com doentes e vítimas indiretas do vulcão, queimadas ou feridas ao caminharem junto aos dois fluxos de lava a nordeste da cidade.
Pelo menos 32 pessoas morreram desde sábado, incluindo duas dezenas em consequência de gases libertados após a erupção do vulcão Nyiragongo, e entre 900 e 2.500 casas foram destruídas pelos fluxos de lava.
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