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Mais de 10 mil deslocados em 48 horas no Níger

Mais de 10.000 pessoas fugiram de várias aldeias na região ocidental do Níger em 48 horas devido a repetidos ataques por grupos 'jihadistas', afirmaram hoje as Nações Unidas e as autoridades locais.

Mais de 10 mil deslocados em 48 horas no Níger
Notícias ao Minuto

23:49 - 17/05/21 por Lusa

Mundo Níger

"Onze mil pessoas (ou 1.624 famílias) refugiaram-se entre 14 e 15 de maio de 2021 na cidade de Tillabéri [capital regional], na localidade de Namari Gougou e na comuna rural de Sarkoira", segundo um relatório do Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), hoje enviado à agência France-Presse (AFP).

Segundo a OCHA, "as deslocações continuam" e "os deslocados estão a dirigir-se para Niamey", a capital, embora o seu número ainda não esteja inteiramente determinado.

Um responsável municipal na zona de Anzourou, alvo de abusos 'jihadistas', confirmou à AFP que "mais de 10.000 aldeões já fugiram da zona em dois dias", acrescentando que "várias outras aldeias estão a ser esvaziadas".

De acordo com a agência das Nações Unidas, os habitantes deslocados provêm das aldeias de Zibane-Koira Zeno, Zibane Koira-Tégue, Kofouno e Gadabo, localizadas em Anzourou, uma área composta por 24 aldeias e que faz parte da instável região de Tillabéri.

Em maio, 20 pessoas foram mortas nestas aldeias, na sequência do assassinato de outras 13, em março.

Composta por uma vasta área de quase 100.000 quilómetros quadrados, a região de Tillabéri situa-se na zona das "três fronteiras", que reúne Níger, Mali e Burkina Faso e é palco regular de ofensivas por grupos 'jihadistas' afiliados à Al-Qaida ou ao grupo Estado Islâmico.

Segundo a OCHA, esta "deslocação em massa" da população foi desencadeada por "ataques recorrentes" contra civis.

A agência da ONU cita "assassinatos, violações, extorsão de propriedade e roubo de gado" alegadamente perpetrados por "elementos de grupos armados não estatais que operam ao longo da fronteira com o Mali".

Os deslocados, na sua maioria crianças, mulheres e idosos, estão a ser alojados numa arena de luta tradicional, segundo imagens transmitidas pelas estações de televisão locais e citadas pela AFP.

De acordo com a ONU, em 31 de janeiro deste ano, a violência tinha forçado 100.000 pessoas a fugirem das suas aldeias na região de Tillabéri.

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