Chanceler austríaco investigado por alegada mentira numa comissão

A Procuradoria austríaca Contra Delitos de Economia e Corrupção (WKStA) abriu uma investigação contra o chanceler federal, o conservador Sebastian Kurz, por alegado falso testemunho perante uma comissão parlamentar, confirmou hoje o próprio chefe do Governo.  

Áustria vai apresentar plano alternativo à proposta franco-alemã

© Reuters

Lusa
12/05/2021 13:51 ‧ 12/05/2021 por Lusa

Mundo

Sebastian Kurz

  

Numa breve conferência de imprensa, Kurz admitiu que foi iniciada uma investigação preliminar contra ele e o chefe de gabinete, Bernhard Bonelli.

A WKStA acusa os dois políticos de terem prestado declarações falsas na comissão parlamentar que investiga o chamado "Caso Ibiza", um escândalo de corrupção que foi revelado em finais de maio de 2019 com a publicação de imagens vídeo, registadas por câmaras ocultas, numa quinta da ilha espanhola no verão de 2017.

"Esforcei-me sempre, e durante várias horas, em responder a todas perguntas o melhor possível dentro do que podia recordar, e de acordo com a verdade, apesar de se tratar de assuntos antigos que não estão relacionados com os temas principais da minha atividade como chefe do governo", disse Kurz.

O chanceler austríaco descarta a possibilidade de demissão devido a este caso, acrescentando que o processo foi iniciado por apenas um juiz e que vai "ter muito gosto" em responder em interrogatório.

O líder do Partido Popular Austríaco (OVP) reconheceu que a WKStA podia apresentar uma denúncia em qualquer momento, frisando que espera que a queixa "não vai ter qualquer consequência".

De acordo com notícias publicadas na Áustria, a Procuradoria refere que quando a comissão parlamentar pediu o acesso aos endereços de correio eletrónico do chanceler, Kurz escondeu a existência de uma das três direções de e-mail que estava a usar, na altura. 

O "Caso Ibiza" desencadeou a queda da coligação em 2019 entre os populares de Kurz e o partido ultranacionalista FPO e a realização de novas eleições que levaram a formação do atual Executivo entre os conservadores e os verdes. 

Nas imagens de 2018 aparece o ex-líder do FPO, Heinz-Christian Strache a propor a uma suposta oligarca russa a venda de participações em empresas estatais em troca de favores políticos.

Leia Também: Israel tem o direito de se defender de "ataques terroristas", diz Kurz

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