No exterior da escola n.º175 de Kazan ainda há sinais da tragédia que ontem terminou com oito mortos e mais de 20 feridos. A polícia e investigadores permanecem no local.
Perto dos portões da escola há já um memorial improvisado onde as pessoas têm deixado flores, brinquedos e acendido velas em memória das vítimas do tiroteio de terça-feira, que chocou não só a cidade russa de Kazan, na região da Tartária, mas todo o país.
"Ao início ouvi tiros. Depois, houve uma explosão", conta à BBC Max Zaretsky, que mora em frente à escola. "Depois disso houve gritos. As crianças correram em direção ao portão. Uma miúda gritou: 'Oh meu Deus. Eles estão a matar-nos!' e foi nesse momento que percebi que não era um acidente e que algo horrível tinha acontecido".
"Fechámos as portas e congelámos", conta uma das alunas da escola. "Depois, tivemos minutos de stress e pânico. Alguém bateu à porta. Pensámos que era o homem com a arma. Dez minutos depois, voltaram a bater. [A polícia] arrombou a porta e fomos resgatados."
O ataque terá sido perpetrado por duas pessoas, um deles um ex-aluno da instituição, de 19 anos, que foi detido pelas autoridades. O outro suspeito foi abatido.
Ilnaz Galyaviyev é um ex-aluno da escola n.º175 de Kazan, que sofrerá de problemas mentais. Este formou-se há quatro anos nesta escola e seria, atualmente, aluno de Tecnologias Informática numa universidade.
Uma das jovens que deixou flores junto ao edifício é Iskander, que estudou com Ilnaz Galyaviyev e não consegue acreditar no que aconteceu. "Ele era um rapaz muito quieto quando o conheci. Muito calmo", revela.
O ataque foi perpetrado numa escola frequentada por alunos entre os seis e os 18 anos. As vítimas mortais são uma professora e sete alunos - quatro rapazes e três raparigas - com idades entre os 14 e 15 anos.
Veja acima a galeria de imagens do memorial junto à escola n.º175.
Leia Também: Atirador de escola na Rússia anunciou ataque nas redes sociais