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Israel acusa mulher espanhola de ajudar grupo palestiniano banido

As autoridades de Israel acusaram hoje uma mulher espanhola de financiamento do terrorismo e outros crimes por alegadamente ajudar a canalizar grandes somas de doações de governos europeus para um grupo palestiniano considerado terrorista.

Israel acusa mulher espanhola de ajudar grupo palestiniano banido
Notícias ao Minuto

17:36 - 06/05/21 por Lusa

Mundo Terrorismo

Juana Ruiz Sánchez foi acusada num tribunal militar na Cisjordânia, em resultado de mais de um ano de investigação sobre o financiamento da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), considerada uma organização terrorista por Israel, Estados Unidos, Canadá e União Europeia.

Cidadã espanhola e residente na Cisjordânia, Ruiz, 62 anos, trabalhou nos Comités de Trabalho para a Saúde, uma organização não-governamental palestiniana que disponibiliza serviços médicos no território.

Foi indiciada por crimes de financiamento de terrorismo, entre outras acusações.

Segundo o Shin Bet, o serviço de segurança interna israelita, o contabilista principal da ONG, o ex-contabilista e o ex-gerente do departamento de compras devem ser acusados de crimes semelhantes nos próximos dias.

Ruiz estava detida sem acusação desde que as autoridades israelitas a foram buscar a casa, perto de Belém, no passado dia 13 de abril.

Madrid forneceu-lhe apoio consular e o vice-cônsul-geral de Espanha acompanhou-a durante as audiências no tribunal, disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros espanhol num comunicado enviado à agência noticiosa norte-americana Associated Press.

A FPLP, de ideologia marxista-leninista, realizou desvios de aviões nos anos 1970 e vários outros ataques a civis israelitas, incluindo o assassínio em 2001 do ministro do Turismo de Israel Rehavam Zeevi.

A organização integra a Organização de Libertação da Palestina, o principal movimento nacional palestiniano.

O Shin Bet começou a investigar as finanças da FPLP após um ataque do grupo em agosto de 2019 na Cisjordânia, que causou a morte de uma rapariga de 17 anos e deixou feridos o irmão e o pai, disse um responsável israelita, que não quis ser identificado.

A investigação revelou que pelo menos sete organizações humanitárias palestinianas tinham canalizado para a FPLP dezenas de milhões de euros doados por governos europeus e organizações com fins humanitários.

Segundo a mesma fonte, além dos Comités de Trabalho para a Saúde, os Comités de Trabalho Agrícola e a Addameer, de apoio a prisioneiros, entre outros, "agiram sob a liderança da FPLP e de acordo com as diretivas da organização, como cobertura para a promoção e financiamento das atividades da FPLP".

"Dinheiro de governos europeus ajudou a construir esta organização", disse.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel pediu aos governos europeus para aumentarem a supervisão das doações a organizações palestinianas, para garantir que elas não financiem grupos proibidos pela UE.

A AP refere que a missão diplomática da União em Israel ainda não respondeu a um pedido de comentário.

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