Russia preocupada com aumento das tensões em Jerusalém e Faixa de Gaza
A Rússia está "seriamente preocupada" com o aumento das tensões em Jerusalém Oriental e na Faixa de Gaza e manifestou-se disponível para promover contactos diretos entre Israel e a liderança palestiniana.
© Reuters
Mundo Faixa de Gaza
O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, disse hoje que a Rússia está "seriamente preocupada" com o aumento das tensões em Jerusalém Oriental e na Faixa de Gaza.
"Estamos convencidos da necessidade de reduzir as tensões o mais rápido possível, o que atende aos interesses tanto dos palestinianos quanto dos israelitas", disse Lavrov numa conferência de imprensa conjunta com seu homólogo palestiniano, Riyadh al-Maliki, em Moscovo.
Essas declarações foram feitas após vários dias de protestos palestinianos nas proximidades da Cidade Velha de Jerusalém, que foram acompanhados por manifestações em Gaza e na Cisjordânia e confrontos com as forças policiais israelitas no final de abril.
"Enfatizamos a nossa prontidão em facilitar o diálogo direto entre palestinianos e israelitas a fim de resolver todas as questões fundamentais sobre o estatuto final", enfatizou ainda o ministro russo.
Lavrov acrescentou que Moscovo considera "extremamente importante" organizar uma reunião ministerial do Quarteto para o Médio Oriente - formado pelas Nações Unidas, Estados Unidos, Rússia e União Europeia (UE) - para "reiniciar" os esforços de resolução o conflito israelo-palestiniano.
"Para ativar esta plataforma, estamos agora a trabalhar com outros membros do Quarteto para estudar a possibilidade de uma reunião a nível de chanceleres", explicou.
O chefe da diplomacia russa acrescentou que após a chegada de Joe Biden à Presidência dos Estados Unidos, o trabalho do Quarteto foi retomado ao nível de peritos e representantes especiais.
"Esses contactos já estão em andamento", declarou Lavrov.
O ministro dos Negócios Estrangeiros palestiniano, por sua vez, agradeceu à Rússia por "toda a ajuda" aos palestinianos e "o compromisso com a Palestina" dentro da estrutura do direito internacional.
Al-Maliki declarou ainda que a nova administração norte-americana de Joe Biden, "está novamente ciente da sua responsabilidade no Quarteto".
"Esperamos que isso crie um novo ambiente de confiança", disse o ministro palestiniano.
"A administração norte-americana (do Presidente Donald Trump) mostrou que se inclinava abertamente para Israel. Com base nessa experiência, entendemos que não podemos voltar a essa situação", salientou.
Al-Maliki acrescentou que durante a sua reunião com Lavrov as circunstâncias que levaram ao adiamento das eleições legislativas de 22 de maio também foram discutidas.
"Expliquei de forma clara e detalhada o que nos levou a tomar essa decisão", disse o diplomata, que reiterou a intenção das autoridades palestinianas de realizar as eleições no futuro "em todos os territórios palestinianos, incluindo Jerusalém Oriental".
O Presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, adiou há uma semana as eleições legislativas que estavam agendadas para este mês devido à falta de permissão de Israel para realizá-las em Jerusalém Oriental.
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