Escócia. Vitória do SNP esperada, mas maioria é importante para referendo
A vitória do Partido Nacionalista Escocês (SNP) para a assembleia regional autónoma a 06 de maio é dada como certa, mas o que está em causa é a formação de uma "supermaioria" que aumente a pressão para um novo referendo à independência.
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Foi invocando este objetivo que o antigo líder escocês Alex Salmond regressou à vida política ativa, reabilitado pela justiça de acusações de assédio sexual, e formou o partido Alba.
Salmond pretende beneficiar dos segundos votos dos eleitores do "sistema de membro adicional", um modelo híbrido que mistura um elemento de maioria simples e outro de representação proporcional.
Os eleitores têm dois boletins de voto, um que determina 73 deputados por circunscrições num sistema de maioria simples e outro para os restantes 56, que são distribuídos de forma proporcional pelos outros partidos mais votados a nível regional.
O Alba só está a concorrer nas listas regionais para tentar beneficiar do voto secundário "independentista", mas os analistas questionam tanto o sucesso desta estratégia como o possível impacto.
"Não há nada nas sondagens que temos atualmente que sugira que a maioria com que Alex Salmond sonha está prestes a acontecer", disse Nicola McEwen, professora na Universidade de Edimburgo, num evento do instituto UK in a Changing Europe.
Por outro lado, mesmo que exista uma maioria na assembleia regional de Holyrood a favor de um segundo referendo à independência, 'indyref2' como é conhecido, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, não é obrigado juridicamente a autorizar um novo referendo.
Pelo contrário, afirma esta académica, "é um pouco mais fácil para ele resistir a essa pressão se o SNP não atingir a uma maioria absoluta parlamentar", mesmo que exista maioria pró-independência, juntamente com os Verdes e o Alba.
A composição do Parlamento escocês decide quem forma o Governo escocês e é a assembleia regional que fiscaliza o Executivo e legisla sobre uma série de políticas regionais, como educação, ambiente, agricultura e saúde, incluindo a gestão da pandemia covid-19.
A forma como a chefe do Governo escocês e líder do SNP, Nicola Sturgeon, conduziu o país durante a crise pandémica é considerada positiva e reflete-se nas sondagens de elevada popularidade pessoal e do partido.
Contudo, as sondagens ainda deixam em aberto se haverá uma maioria absoluta do SNP, e os resultados só deverão ser conhecidos no sábado ao fim do dia.
Estas eleições também serão um teste para o novo líder trabalhista escocês, Anas Sarwar, cujo partido antes dominava a Escócia, e para o líder conservador, Douglas Ross.
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