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África tem de se preparar para evitar evolução igual à da Índia

O diretor do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana alertou hoje que o continente "tem de estar muito, muito bem preparado" para evitar a forte propagação da covid-19 que tem acontecido na Índia.

África tem de se preparar para evitar evolução igual à da Índia
Notícias ao Minuto

13:04 - 29/04/21 por Lusa

Mundo Covid-19

"Temos de nos organizar urgentemente, não temos profissionais de saúde suficientes e não temos oxigénio suficiente", disse o responsável, em declarações aos jornalistas em Nairobi, comentando a evolução da situação pandémica na Índia.

O país tem sensivelmente a mesma população e as mesmas fragilidades a nível de sistemas de saúde, o que levou Nkengasong a alertar para a necessidade de precaver uma evolução semelhante, ao mesmo tempo que disse "assistir com total descrença" ao que se passa na Índia.

Recomendando que as manifestações políticas e quaisquer ajuntamentos sejam evitados no continente, Nkengasong disse ainda que a proibição de exportação de vacinas produzidas na Índia "afetou severamente a previsibilidade da distribuição dos programas de vacinação e isso vai continuar nas próximas semanas e talvez meses".

Até agora, concluiu, foram administradas apenas 17 milhões de doses para uma população de 1.300 milhões de pessoas no continente.

A Índia ultrapassou os 18 milhões de infeções desde o início da pandemia, contabilizando mais de 3600 mortes nas últimas 24 horas, um novo máximo no país.

Com uma população de 1,3 mil milhões de habitantes, a Índia está a braços com um surto devastador, registando recordes diários em seis dos últimos sete dias.

A explosão do número de casos, atribuída a uma variante do vírus detetada na Índia e a comícios eleitorais e festivais religiosos em grande escala, sobrecarregou os hospitais, onde faltam camas, medicamentos e oxigénio.

Desde o início da pandemia, a Índia acumulou 204.832 óbitos e mais de 18,3 milhões de infeções, sendo o segundo país do mundo com mais casos, atrás dos Estados Unidos, e o quarto com mais óbitos, depois dos EUA, Brasil e México.

África registou mais 352 mortes associadas à covid-19 nas últimas 24 horas, para um total de 121.154 vítimas mortais, e 10.046 novos infetados, de acordo com os dados oficiais mais recentes no continente.

Segundo o África CDC, o número total de infetados nos 55 Estados-membros da organização é agora de 4.534.748, e nas últimas 24 horas registaram-se 9.775 recuperados, totalizando 4.077.646 desde o início da pandemia.

O primeiro caso de covid-19 em África surgiu no Egito, em 14 de fevereiro de 2020, e a Nigéria foi o primeiro país da África subsaariana a registar casos de infeção, em 28 de fevereiro.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.137.725 mortos no mundo, resultantes de mais de 148,6 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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