No passado dia 17, o Governo de Praga acusou os serviços secretos russos de estar por trás da explosão de um depósito de munições em 2014, que matou duas pessoas, levando as autoridades checas a expulsar imediatamente 18 diplomatas russos, por espionagem.
Estónia, Letónia, Lituânia, Roménia e Eslováquia - todos ex-estados comunistas - expulsaram de forma concertada diplomatas russos, após um apelo de solidariedade por parte da República Checa a outros membros da União Europeia e da NATO.
"Condenamos este novo ato deplorável de agressão e violação do direito internacional cometido pela Rússia em solo europeu", disseram os primeiros-ministros dos países do Grupo de Visegrado, num comunicado após uma cimeira virtual organizada pelo chefe de Governo polaco, Mateusz Morawiecki.
Esses quatro países ofereceram "apoio diplomático e consular" à República Checa depois de a Rússia ter expulsado 20 diplomatas checos, em retaliação.
"Condenamos veementemente as ações ilegais e violentas realizadas por agentes da inteligência russa. Não permitiremos que essas atividades dividam a Europa", acrescentaram os chefes de Governo.
O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, mantém laços estreitos com o Presidente russo, Vladimir Putin, e Budapeste tem permanecido cautelosa sobre a crise diplomática ligada à explosão na República Checa.
Na passada semana, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Hungria, Peter Szijjarto, limitou-se a expressar a sua "solidariedade" com Praga.
Os chefes das diplomacias do Grupo de Visegrado emitiram uma declaração em 19 de abril na qual condenavam "todas as atividades destinadas a ameaçar a segurança de estados soberanos", sem nunca nomear a Rússia.
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