Numa entrevista à agência France-Presse (AFP), o diretor-geral da organização sediada em Genebra, Robert Mardini, expressou uma "grande preocupação" com a violência sexual.
"Estes relatórios são extremamente horríveis, muito chocantes. Há mais de duas décadas que não ouço relatos tão terríveis no setor humanitário", disse o responsável, que chegou a lidar com os conflitos sírio e iemenita.
Mardini acrescentou que alguns dos relatos ouvidos são "testemunhos em primeira mão de mulheres que visitam os centros de saúde e hospitais" apoiados pela Cruz Vermelha em Tigray.
O CICV está atualmente a tentar avaliar "a extensão e magnitude desde problema" e está a levantar a questão junto das autoridades.
Abiy Ahmed, Prémio Nobel da Paz em 2019, lançou uma intervenção militar em 04 de novembro para derrubar a Frente de Libertação do Povo Tigray (TPLF), o partido eleito e no poder neste estado no norte da Etiópia.
O Exército federal etíope foi apoiado por forças da Eritreia. Depois de vários dias, Abiy Ahmed declarou vitória em 28 de novembro, com a captura da capital regional, Mekele.
No entanto os combates continuaram e as forças eritreias são acusadas de conduzirem vários massacres e crimes sexuais.
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