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Pelo menos 14 polícias mortos em ataque de guerrilhas no Myanmar

Pelo menos 14 polícias perderam a vida hoje no noroeste do Myanmar (antiga Birmânia) durante um ataque coordenado por várias guerrilhas étnicas, noticiaram meios de comunicação locais.

Pelo menos 14 polícias mortos em ataque de guerrilhas no Myanmar

© Stringer/Anadolu Agency via Getty Images

Lusa
10/04/2021 12:10 ‧ há 4 anos por Lusa

Mundo

Myanmar

O ataque, que deixou pelo menos cinco oficiais feridos e dois desaparecidos, aconteceu às primeiras horas do dia no estado de Shan, disse uma testemunha ao portal de notícias Irrawaddy.

Segunda esta fonte, o ataque foi lançado pelos grupos rebeldes Exército Arakan, Exército de Libertação Ta'ang e Exército Nacional da Aliança Democrática, guerrilhas étnicas que em finais de março lançaram um ultimato à junta militar pela repressão das manifestações em rejeição do golpe de Estado de 01 de fevereiro.

Até ao momento, nenhum dos grupos reivindicou a ofensiva.

Estes três grupos armados emitiram previamente um comunicado conjunto, no qual advertiam o Exército birmanês de que se não cessasse as ações violentas e não satisfizesse as exigências da população colaborariam com os dissidentes nos protestos da chamada "Revolução da Primavera".

Os rebeldes ameaçaram anular o acordo de cessar-fogo se continuar a matança indiscriminada de manifestantes.

Pelo menos 618 pessoas perderam a vida durante a repressão dos protestos exercida pelas forças de segurança, segundo dados obtidos pela Associação para a Assistência de Presos Políticos (AAPP), que adverte que o número pode ser significativamente maior, devido à dificuldade de corroborar os dados.

Na cidade de Bago, a cerca de 70 quilómetros a noroeste de Rangun, as forças de segurança lançaram na sexta-feira artefactos explosivos e causaram um número indeterminado de mortos e feridos, apontam meios de comunicação locais.

O Irrawaddy também informa que hoje grupos armados do Exército para a Independência de Kachin e a União Nacional Karen lançaram uma série de ataques contra o regime, em resposta à alegada matança perpetrada pelas autoridades de Bago.

A violência das autoridades, no entanto, não chega para intimidar o lado do movimento de dissidência civil e hoje registaram-se protestos em várias cidades ao longo do país.

Os militares birmaneses justificaram o golpe de Estado com uma alegada fraude nas eleições de novembro, nas quais venceu e revalidou o poder o partido liderado por Aung San Suu Kyi, detida desde o início do motim, com o aval dos observadores internacionais, escreve a agência EFE.

Leia Também: Myanmar: Cimeira de países do sudeste asiático marcada para 20 de abril

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