Família de homem que morreu após vacina da AstraZeneca deixa apelo
A família de um homem de morreu depois de ter sido vacinado com a AstraZeneca diz-se "furiosa", mas apela à continuidade da vacinação. Ele foi "extraordinariamente azarado”, indica.
© INA FASSBENDER/AFP via Getty Images
Mundo Covid-19
A família de um homem britânico, que morreu por ter desenvolvido um coágulo sanguíneo no cérebro depois de ter sido vacinado com o imunizante da AstraZeneca contra a Covid-19, apela à continuidade da vacinação com o fármaco. Ele foi "extraordinariamente azarado”.
Nick Astles, um solicitador de 59 anos, morreu no domingo de Páscoa e acredita-se que a sua morte está relacionada com os efeitos secundários da vacina da AstraZeneca. Nick recebeu a primeira dose do imunizante no dia 17 de março e, 10 dias antes de morrer, começou a sentir muitas dores de cabeça e perda de visão.
Numa entrevista ao Telegraph na quarta-feira, citada pelo Independent, a irmã de Nick relevou que a família estava "furiosa", mas encorajava as pessoas a continuarem a ser vacinadas com o fármaco de Oxford porque isso significaria que "menos pessoas vão morrer" de Covid-19.
Alison Astles disse ainda que o irmão foi "extraordinariamente azarado” e advertiu as pessoas que são imunizadas com a Vaxzevria - novo nome da vacina da AstraZeneca - que, se testemunharem efeitos adversos, devem de imediato procurar ajuda.
Recorde-se que a Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla em Inglês) concluiu ontem que existe uma "possível relação" entre a vacina da contra a Covid-19 da farmacêutica AstraZeneca e a formação de "casos muito raros" de coágulos sanguíneos, mas insistiu nos benefícios do fármaco.
O regulador europeu comparou também o risco de formação de coágulos sanguíneos após a toma da vacina da contra a Covid-19 da farmacêutica AstraZeneca ao da toma de contracetivos hormonais como a pílula. "Um exemplo em que gostaria de atentar é [a relação entre] o uso do contracetivo oral combinado hormonal e os coágulos sanguíneos que ocorrem após a toma desses contracetivos, que são dados às mulheres que normalmente são saudáveis", afirmou o Chefe do Departamento de Farmacovigilância e Epidemiologia da EMA, Peter Arlett.
Depois desta posição, vários países da União Europeia têm tomado decisões unilaterais em relação à administração do fármaco, pelo que a ministra da Saúde portuguesa alertou ontem os Estados-membros que "decisões individuais afetam todos", pedindo uma "posição o mais coordenada possível" entre os 27.
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