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Partido do Presidente sul-coreano perde autárquicas nas 2 maiores cidades

O candidato do principal partido da oposição da Coreia do Sul derrotou o rival do Partido Democrático (DP, no poder) nas eleições autárquicas de Seul, vistas como uma antecipação para as presidenciais de 2022, foi hoje anunciado.

Partido do Presidente sul-coreano perde autárquicas nas 2 maiores cidades
Notícias ao Minuto

06:22 - 08/04/21 por Lusa

Mundo Presidenciais

Oh Se-hoon, do Partido Conservador do Poder Popular (PPP), ganhou 57,5% dos votos contra 39% do segundo candidato mais votado, Park Young-sun, do PD, nas eleições realizadas na quarta-feira na capital sul-coreana, de acordo com os dados finais publicados pela Comissão Nacional de Eleições da Coreia do Sul.

Por sua vez, em Busan (costa sudeste), a segunda cidade do país, também realizou eleições autárquicas com um resultado ainda mais doloroso para a formação governamental do Presidente, Moon Jae-in, pois o candidato do PPP, Park Heong-joon, ganhou com 63% dos votos contra os 34% alcançados por Kim Young-choon, do PD.

Na quarta-feira, foram também realizadas eleições locais para eleger 19 cargos de natureza diversa, 13 dos quais foram para o PPP.

Estes resultados quebram a série de vitórias do PD, que ganhou claramente as últimas quatro grandes eleições no país: as legislativas de 2016 e 2020, as locais de 2018 e as presidenciais de 2017, que deram a vitória a Moon, cujo mandato termina no início do próximo ano.

Quase um quarto da população sul-coreana foi chamada às urnas neste escrutínio. Em Seul, onde vivem dez milhões de pessoas, o ato eleitoral foi considerado um 'termómetro' para as eleições presidenciais, marcadas para março de 2022.

A votação aconteceu num momento de fraqueza para Moon e para o PD, com a popularidade em baixo devido a uma controversa reforma do gabinete do procurador-geral, à persistente escalada dos preços da habitação e a um escândalo de especulação imobiliária envolvendo funcionários do promotor imobiliário público.

As eleições autárquicas nas duas principais cidades da Coreia do Sul foram realizadas mais cedo devido por os dois antigos governadores do PD, Park Won Soon em Seul e Oh Keo-don em Busan, estarem envolvidos em casos de assédio sexual.

Park suicidou-se em julho depois de uma funcionária autárquica ter denunciado o assédio à polícia, enquanto Oh renunciou há quase um ano, depois de uma outra ter afirmado publicamente que este a apalpou durante uma reunião, uma acusação que o ex-autarca admitiu.

Por seu lado, Moon disse que a derrota é "uma advertência" dos sul-coreanos e vai concluir o mandato com "humildade e sentido de responsabilidade", centrado na recuperação económica e estabilização do mercado imobiliário, disse o porta-voz presidencial, Kang Min-seok, numa conferência de imprensa.

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