Em dezembro de 2020, Salim Ayyash foi condenado, à revelia, a prisão perpétua pelo Tribunal Especial das Nações Unidas para o Líbano pelo papel que desempenhou no atentado suicida que, em 2005, vitimou Rafic Hariri e 21 outras pessoas. A sentença foi alvo, entretanto, de um recurso.
Num comunicado, o Departamento de Estado norte-americano apresentou Ayyash como "um importante membro operacional da Unidade 121 do Hezbollah, o esquadrão da morte" do grupo que, refere, "recebe ordens diretamente" do líder do movimento xiita libanês Hassan Nasrallah.
"Ayyash é conhecido por ter estado envolvido nos esforços para fazer o mal a pessoal militar norte-americano", acrescenta o Departamento de Estado norte-americano, sem avançar pormenores.
Ayyash continua foragido e Nasrallah recusa-se a entregá-lo, mesmo depois de o Tribunal Especial da ONU para o Líbano ter emitido um mandado de prisão internacional.
O tribunal, cuja sede fica em Haia, tem previsto julgar novamente Ayyash em junho próximo, desta vez sob a acusação de envolvimento em três ataques contra políticos cometidos em 2004 e 2005.
Os Estados Unidos consideram o Hezbollah uma organização terrorista e um dos principais "braços armados" do Irão na região.