Covid-19: Pandemia exacerbou desigualdades e atingiu os mais vulneráveis

A pandemia do novo coronavírus exacerbou as desigualdades já existentes em todo o mundo e atingiu os mais vulneráveis de forma especialmente dura, declarou hoje a vice-secretária-geral das Nações Unidas Amina Mohammed, numa conferência em Lisboa.

Portrait of Amina Mohammed, Deputy Secretary General, at the United Nations headquarters, New York City, New York, September 17, 2020. (Photo by EuropaNewswire/Gado/Getty Images)

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Lusa
25/03/2021 09:56 ‧ 25/03/2021 por Lusa

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Coronavírus

 

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"A crise [provocada pela pandemia do SARS-CoV-2] exacerbou as desigualdades pré-existentes em todo o mundo e atingiu os mais vulneráveis de forma especialmente dura", afirmou Amina Mohammed, durante a Conferência sobre Saúde Global -- Reforço do Papel da União Europeia (UE) na Saúde Global, que se realiza hoje no Centro Cultural de Belém e transmitida online.

Amina Mohammed participou no evento com uma mensagem de vídeo em nome do secretário-geral da ONU, António Guterres, e agradeceu ao Governo de Portugal por acolher a conferência.

"A pandemia covid-19 já ceifou mais de 2,6 milhões de vidas e causou um impacto socioeconómico de magnitude sem precedentes na história contemporânea", declarou Amina Mohammed.

"[A pandemia] expôs os graves riscos de sistemas de saúde subfinanciados e a falta crónica de investimentos em preparação para uma pandemia", sublinhou a vice-secretária-geral das Nações Unidas.

Segundo a responsável da ONU, este é "um momento de balanço para todo o mundo".

"Agora deve estar claro para todos que, sem garantir o direito de todas as pessoas à saúde, nunca teremos sociedades justas", referiu.

"Louvo o compromisso da União Europeia com o multilateralismo baseado em valores e a sua aspiração de reforçar o seu papel na saúde global", disse.

Para Amina Mohammed, "o aumento dos investimentos europeus no reforço dos sistemas de saúde pública e proteção social em todo o mundo ajudará a construir sociedades e economias mais resilientes".

Segundo a responsável das Nações Unidas, "através do apoio político e financeiro da UE à iniciativa ACT Accelerator e da abordagem 'Team Europe', os Governos europeus já desempenham um papel mais forte na cooperação para o desenvolvimento".

"Investir numa abordagem integrada 'One Health' será indispensável à medida que procuramos abordar os riscos complexos à saúde decorrentes das intensas interações entre pessoas, animais e o ambiente natural", declarou Amina Mohammed.

"A comunidade internacional também deve trabalhar em conjunto para fortalecer as capacidades de fabrico e produção em todo o mundo, para que todos os países tenham acesso equitativo a produtos essenciais para a saúde, incluindo diagnósticos críticos, medicamentos e vacinas", sublinhou.

Para a responsável da ONU, "os investimentos em saúde são verdadeiramente catalisadores, com a capacidade de melhorar drasticamente as perspetivas de paz e segurança em todo o mundo".

"A Organização das Nações Unidas está ansiosa para trabalhar com todos os parceiros para garantir uma recuperação inclusiva e sustentável e esperamos colaborar com a União Europeia para dar vida à sua nova visão de saúde global", sublinhou.

A Conferência sobre Saúde Global -- Reforço do Papel da União Europeia (UE) na Saúde Global foi organizada pelo Ministério da Saúde e a Direção-Geral da Saúde, com o apoio da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia.

A conferência tem como foco o reforço do papel da União Europeia na saúde global, nas dimensões da diplomacia de saúde global, com especial articulação com a agenda UE-África, da liderança no desígnio da Cobertura Universal de Saúde e do impacto das alterações climáticas na saúde, e com especial destaque para a questão das doenças transmitidas por vetores e os desafios da resistência antimicrobiana.

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