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Pandemia pode ter aumentado mortalidade infantil no sul da Ásia

A pandemia de covid-19 pode ter contribuído indiretamente para o aumento da mortalidade infantil no sul da Ásia em 2020, tendo provocado mais 228.000 mortes infantis, avançou hoje um relatório divulgado pelas Nações Unidas.

Pandemia pode ter aumentado mortalidade infantil no sul da Ásia
Notícias ao Minuto

10:21 - 17/03/21 por Lusa

Mundo Covid-19

O estudo, encomendado pela Unicef, a agência das Nações Unidas para defesa dos direitos das crianças, refere terem-se registado "reduções drásticas no acesso e uso de serviços essenciais de saúde pública" na Índia, Paquistão, Nepal, Bangladesh, Afeganistão e Sri Lanka, onde vivem, no total, 1,8 mil milhões pessoas.

"O declínio desses serviços essenciais teve um impacto devastador na saúde e nutrição das famílias mais pobres", afirma o diretor regional da Unicef, George Laryea-Adjei, no relatório.

"É absolutamente vital que esses serviços sejam totalmente restabelecidos para crianças e mães que precisam desesperadamente deles e que tudo seja feito para que as pessoas se sintam seguras quando usam esses serviços", acrescentou.

Os números são baseados em mudanças reais observadas e na comparação dos valores atuais com dados pré-pandemia do sul da Ásia, onde, só em 2019, morreram 1,4 milhões de crianças com menos de cinco anos, das quais quase dois terços (63%) eram recém-nascidas.

Alguns países da região, como outras partes do mundo, impuseram restrições rígidas para combater a disseminação do coronavírus.

Embora muitas das restrições já tenham sido levantadas, o número de pessoas que utilizam os serviços de saúde diminuiu, detetaram os investigadores da ONU.

No Bangladesh e no Nepal, por exemplo, o número de crianças tratadas por desnutrição aguda grave caiu em mais de 80%, enquanto a vacinação de crianças contra difteria, tétano e tosse convulsa caiu drasticamente na Índia (-35%) e no Paquistão (-65%).

Cerca de 420 milhões de crianças no sul da Ásia foram também privadas de educação devido à covid-19, acrescenta o relatório, que alerta para o facto de nove milhões de crianças correrem o risco de nunca mais voltar à escola.

Por outro lado, divulga a ONU, a pandemia também terá provocado 11.000 mortes maternas e 3,5 milhões de gravidezes indesejadas.

A situação ameaça promover o aumento de casamentos infantis e aumentar em cerca de 400.000 o número de gravidezes de adolescentes, bem como fazer crescer o número de mortes maternas e neonatais ou mesmo provocar uma subida da taxa de crianças com atrasos de desenvolvimento.

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