A última viagem de um chefe de Estado tunisino à Líbia remonta a 2012.
A visita faz parte do "apoio da Tunísia ao processo democrático na Líbia", disse a Presidência num comunicado, um dia após a posse do chefe do Governo de transição líbio, Abdul Hamid Mohamed Dbeibah.
A nota não especificou com quem o Presidente Saied vai reunir-se na Líbia.
O Governo de transição da Líbia, resultante de um processo patrocinado pela ONU e que deve contribuir para retirar o país do caos e organizar eleições no final de dezembro, obteve na semana passada a confiança do parlamento.
O parlamento eleito aprovou a equipa de Abdel Hamid Dbeibah por 121 votos entre os 132 deputados presentes.
Depois da queda do regime de Muammar Kadhafi em 2011, a Líbia mergulhou no caos, com divisões e lutas de influência no contexto de ingerências estrangeiras.
O fim dos combates no verão e o lançamento de um processo político sob a égide da ONU reavivou a esperança de um relançamento da economia do país do norte de África rico em petróleo.
O primeiro-ministro deve também responder às expectativas dos líbios, cujo quotidiano é marcado pela escassez de dinheiro, gasolina e eletricidade e por uma inflação galopante.
As infraestruturas estão destruídas e os serviços falham.
Os desafios são enormes após 42 anos de ditadura e uma década de violência desde a intervenção internacional, com cobertura da NATO, desencadeada em março de 2011 e concluída em outubro do mesmo ano com a morte de Kadhafi, perseguido até ao seu reduto de Sirte.