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EUA oferecem asilo temporário a 145 mil venezuelanos

Os Estados Unidos vão conceder asilo temporário a cerca de 145 mil refugiados venezuelanos, devido aos "tumultos" no país governado por Nicolas Maduro, de onde fugiram já quatro milhões de pessoas.

EUA oferecem asilo temporário a 145 mil venezuelanos
Notícias ao Minuto

23:59 - 08/03/21 por Lusa

Mundo EUA

"As condições de vida na Venezuela revelam um país em tumulto, incapaz de proteger os seus próprios cidadãos", afirmou hoje o secretário norte-americano para a Segurança Interna, Alejandro Mayorkas, em comunicado em que anunciou a decisão da Administração.

Cidadãos venezuelanos a viver nos Estados Unidos poderão beneficiardo estatuto de proteção temporária (TPS, na sigla em inglês), por 18 meses, até 9 de setembro do próximo ano.

O estatuto TPS permite a estrangeiros residir e trabalhar nos Estados Unidos, se os seus países de origem forem devastados por desastre natural ou guerra, e as autorizações estendem-se até haver condições para o seu regresso.

Segundo as Nações Unidas, nos últimos anos quatro milhões de venezuelanos abandonaram o seu país, sobretudo para países vizinhos como a Colômbia, devido à crise económica e insegurança.

A Administração de Donald Trump havia já oferecido em janeiro proteçãoaos refugiados venezuelanos, ao abrigo de um programa de autorização de permanência, sendo na altura o seu número estimado pela AP em 145 mil pessoas.

Segundo Alejandro Mayorkas, os Estados Unidos irão "apoiar venezuelanos habilitados (ao estatuto TPS) que já se encontrem nos Estados Unidos, enquanto o seu país procura ultrapassar as atuais crises".

Na semana passada, o líder opositor venezuelano Juan Guaidó pediu hoje a união dos para exigir a entrada do Programa Alimentar Mundial (PAM), da ONU, na Venezuela, para ajudar a enfrentar a crise, sublinhando que cada vez há mais pobreza extrema.

"Faço um apelo, novamente às organizações não-governamentais, à sociedade civil e aos milhões de venezuelanos que hoje não têm alimentos diariamente, para começar a exigirem a entrada do PAM na Venezuela", disse.

Juan Guaidó falava durante uma conferência de imprensa em Caracas, em que questionou os representantes dos partidos políticos que o acompanhavam se os venezuelanos se preocupavam mais pela "covid-19 ou a fome" recebendo em uníssono a resposta pela "fome".

Durante a conferência de imprensa, Juan Guaidó instou ainda os venezuelanos a consolidarem "a maior unidade possível" para enfrentar o Governo do Presidente Nicolás Maduro e para conseguir a pressão internacional necessária para a realização de eleições livres e justas no país.

"É parte do que falamos nas reuniões com os nossos aliados", frisou.

Segundo Juan Guaidó, o atual regime "pretende sequestrar o poder para usá-lo em benefício próprio e não para salvar vidas" e "por isso a União Europeia sancionou (recentemente) os que hoje atentam contra a democracia".

Segundo a imprensa venezuelana, entre julho e setembro de 2019, o PAM analisou a situação alimentar na Venezuela, na sequência de um convite feito pelo Governo do Presidente Nicolás Maduro, tendo registado que 7,9% da população (2,3 milhões) está no nível de insegurança alimentar severa e 24,4% (7 milhões) em insegurança alimentar moderada.

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