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Marinha realizou mais de 200 testes à população de São Tomé em 2020

Os militares portugueses embarcados no navio Zaire, em São Tomé e Príncipe, prestaram apoio sanitário à população em geral e à comunidade portuguesa, realizando "mais de 200 testes" de despiste da covid-19, e transportando oxigénio entre ilhas. 

Marinha realizou mais de 200 testes à população de São Tomé em 2020
Notícias ao Minuto

17:26 - 02/03/21 por Lusa

Mundo Coronavírus

De acordo com o primeiro-tenente Tiago Miguel Vieira, atual comandante do navio Zaire, ouvido hoje na comissão de Defesa Nacional em videoconferência,além das ações de formação da Guarda Costeira, a guarnição tem prestado apoio à população em geral, "destacando a comunidade portuguesa", sendo que no último ano foram realizados "mais de 200 testes" à covid-19.

"Prestamos também, com recurso ao material que temos no navio, apoio à população em geral, destacando-se a comunidade portuguesa em São Tomé e Príncipe, que por diversas vezes nos solicitou apoio, tendo no último ano realizado mais de 200 testes à covid-19", declarou.

O militar destacou ainda "o apoio logístico sanitário" prestado ao hospital da capital, "de modo a manter os níveis de oxigénio em quantidade suficiente para poder continuar a salvar vidas a doentes com insuficiências respiratórias, com o transporte de garrafas de oxigénio entre as ilhas de São Tomé e do Príncipe, sublinhando que na última semana "já foram efetuadas três viagens".

"Foi ainda entregue diverso fardamento, máscaras, álcoolgel e outros equipamentos de proteção individual também à guarda costeira [de São Tomé e Príncipe] para fomentar esta confiança mútua", acrescentou.

O responsável pela embarcação adiantou que a vacinação dos militares no navio está prevista para o "início do próximo mês", sendo que o navio-patrulha oceânico "Setúbal", que partiu na segunda-feira para a região, irá fornecer as vacinas e todo o material e recursos humanos necessários para agilizar o processo.

Também ouvido na audição, o capitão-de-mar-e-guerra Cavaleiro Ângelo, coordenador da missão, alertou que "o Golfo da Guiné é a região mais perigosa para as operações marítimas comerciais, devido aos elevados índices de criminalidade marítima registados", fenómeno que com a pandemia se manteve e estima-se que "não decresça".

De acordo com o primeiro-tenente Tiago Miguel Vieira, "até ao momento, foram desenvolvidas 12 ações de combate à pirataria, sendo que se verifica um aumento no último ano".

"Para se ter uma noção, em 2018 nas águas da ZEE [Zona Económica Exclusiva] de São Tomé e Príncipe não houve qualquer caso de ataque de pirataria relatado, em 2019 houve dois casos em que o NRP Zaire foi chamado, em 2020 três casos e em 2021 por duas ocasiões foi chamado" a intervir nestes primeiros meses, enumerou ainda o primeiro-tenente.

Quanto à atividade operacional levada a cabo nos últimos três anos de missão, o responsável adiantou que foram realizadas "26 missões de fiscalização", "15 ações de busca e salvamento marítimo", "10 missões de apoio logístico", "8 participações em exercícios internacionais" e "6 ações de apoio às autoridades em terra", entre outras.

Como maiores desafios da missãoo comandante apontou a dificuldade no "apoio logístico", na "obtenção de pessoal técnico especializado" para avarias ou até para manutenções de rotina.

No passado dia 14 de fevereiro, o Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA)comunicou que o navio português Zaire esteve empenhado em várias ações de combate à pirataria na Zona Económica Exclusiva de São Tomé e Príncipe, entre os dias 07 e 13 do mês passado.

Em dezembro, quando esteve em São Tomé, o ministro da Defesa português, João Gomes Cravinho, afirmou que o navio português Zaire, a operar naquela região há três anos, tem já fama mundial no combate à pirataria, sendo elogiado por países como a China.

O navio Zaire, da Marinha Portuguesa, tem como principais missões reforçar a vigilância e a fiscalização dos espaços marítimos de São Tomé e Príncipe, a segurança marítima do Golfo da Guiné e a capacitação da guarda costeira deste país de língua portuguesa, estando empenhados na região atualmente 23 militares portugueses.

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