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Bispos da RDCongo preocupados com falta de respeito por direitos humanos

A Conferência Episcopal Nacional do Congo (Cenco) lamentou hoje a repressão verificada nos domínios do respeito pelos direitos humanos e da justiça sob a liderança do atual Presidente do país, Félix Tshisekedi, numa declaração hoje publicada.

Bispos da RDCongo preocupados com falta de respeito por direitos humanos
Notícias ao Minuto

18:28 - 01/03/21 por Lusa

Mundo RDCongo

Segundo a nota da Cenco, citada pela agência France-Presse, houve "um retrocesso" no respeito destes domínios, recordando que tinha saudado os "progressos" registados depois da tomada de posse do chefe de Estado da República Democrática do Congo (RDCongo), em janeiro de 2019.

"Lamentamos a repressão dos ativistas dos direitos humanos, os ataques contra civis por grupos armados ou forças governamentais e o entrave às liberdades de expressão e manifestação", escreveram os bispos na nota.

Os bispos lamentaram que "a preocupação pela justiça que era evidente" no caso do julgamento de Vital Kamerhe, chefe de gabinete de Tshisekedi, "não parece continuar na mesma linha".

"Desapareceu e parece seletivo", lamentaram os bispos congoleses.

A Cenco insistiu que a "verdadeira justiça" deve estender-se, "sem distinção de qualquer tipo, a todos os autores de crimes económicos e violações dos direitos humanos".

Poucos dias antes da tomada de posse do novo executivo pró-Tshisekedi, os bispos apelaram ao chefe de Estado para que monitorizasse "o perfil ético dos membros do próximo Governo e dos gestores das empresas públicas".

A Igreja Católica, que diz ter 40% da população congolesa entre os seus fiéis, sugeriu que "apenas homens e mulheres que tenham demonstrado boa ética no seu passado e que tenham experiência no campo exigido" deveriam ser selecionados para gerir os assuntos do Estado.

Os biscos apelaram ao Governo para "fazer tudo o que for possível para ganhar a aposta de organizar eleições credíveis, transparentes e pacíficas em 2023 e não mais tarde", seguindo a Constituição da RDCongo.

Depois de afastar os apoiantes do seu antecessor, Joseph Kabila, Tshisekedi teve a possibilidade, desde o início de fevereiro, de implementar o seu programa, que defende combater a corrupção e a pobreza, que afeta dois terços da população, assim como levar a paz ao país, palco da violência protagonizada por grupos armados.

Após as eleições de 2018, a Cenco foi uma das principais organizações a contestar a vitória de Tshisekedi, considerando que os resultados foram manipulados e que a vitória deveria ter sido atribuída ao candidato Martin Fayulu.

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