Acusado do assassínio de Caruana Galizia condenado a 15 anos de prisão

Vincent Muscat, um dos três homens acusados do assassínio, em outubro de 2017, da jornalista anticorrupção de Malta Daphne Caruana Galizia, foi condenado hoje a uma pena de 15 anos de prisão pelo tribunal da La Valeta.

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© MATTHEW MIRABELLI/AFP via Getty Images

Lusa
23/02/2021 16:17 ‧ 23/02/2021 por Lusa

Mundo

Caruana Galizia

Ao anunciar o veredicto, o tribunal indicou ter tido em conta o facto de Vincent Muscat - que hoje pela primeira vez se declarou culpado do assassínio - ter colaborado com a polícia e de o Ministério Público ter pedido aquela pena.

A 16 de outubro de 2017, a jornalista e 'blogger' Daphne Caruana Galizia, que investigava a corrupção ao mais alto nível em Malta, morreu na explosão de uma bomba colocada no seu carro.

Três homens com antecedentes criminais -- os irmãos Alfred e George Degiorgio e Vicent Muscat -- são acusados no dia seguinte, suspeitos de participação numa organização criminal e de terem fabricado a bomba.

Os três sempre se declararam inocentes, até que hoje Muscat decidiu declarar-se culpado.

Segundo o portal noticioso POLITICO, com base em media locais, Muscat tentou obter um perdão ou uma redução de pena em troca de informações sobre o caso da jornalista e de outros crimes graves, incluindo uma tentativa de roubo de uma filial do banco HSBC em 2010 na qual foi preso e acusado.

O pedido de um perdão presidencial foi rejeitado no início do ano, adiantou hoje o POLITICO.

Além de Muscat e dos irmãos Degiorgio, suspeitos de terem fabricado, colocado e feito explodir a bomba que matou a jornalista, um quarto homem ligado ao caso, Yorgen Fenech, proprietário da empresa 17 Black, foi detido em 2019 no seu iate ao largo de Malta, quando tentava fugir.

É oficialmente considerado como uma pessoa que tinha informações sobre o caso. Alguns media e a família de Daphne Caruana Galizia apresentam-no como um possível financiador do assassínio, mas as audiências sobre as acusações contra ele ainda não começaram.

A detenção de Fenech levou a várias demissões de responsáveis políticos.

O chefe de gabinete do primeiro-ministro na época, Joseph Muscat, (sem ligação com Vincent Muscat) demitiu-se em novembro de 2019 e foi seguido pelo ministro do Turismo, enquanto a ministra da Economia suspendeu as funções durante o inquérito ao homicídio.

A 01 de dezembro, o primeiro-ministro anuncia que também se vai demitir, o que se torna efetivo em janeiro de 2020.

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