Um acusado declara-se culpado de assassínio de jornalista maltesa em 2017

Um dos três acusados do assassínio, em outubro de 2017, da jornalista anticorrupção de Malta Daphe Caruana Galizia, declarou-se hoje culpado, pela primeira vez desde o início das audiências preliminares.

Daphne Caruana Galizia

© Reuters

Lusa
23/02/2021 15:12 ‧ 23/02/2021 por Lusa

Mundo

Caruana Galizia

Perante a pergunta do escrivão do tribunal de La Valeta "Vicent Muscat, o que alega em relação às acusações?", o acusado respondeu "culpado".

A 16 de outubro de 2017, a jornalista e 'blogger' Daphe Caruana Galizia, que investigava a corrupção ao mais alto nível em Malta, morreu na explosão de uma bomba colocada no seu carro.

Três homens com antecedentes criminais -- os irmãos Alfred e George Degiorgio e Vicent Muscat -- são acusados no dia seguinte, suspeitos de participação numa organização criminal e de terem fabricado a bomba.

Os três sempre se declararam inocentes, até que hoje Muscat decidiu declarar-se culpado.

"São acusações graves, assassínio, conspiração, ele arrisca prisão perpétua", disse a juíza Edwina Grima a Marc Sant, advogado de Muscat, mas este último repetiu que se declarava culpado.

Além de Muscat e dos irmãos Degiorgio, suspeitos de terem fabricado, colocado e feito explodir a bomba que matou a jornalista, um quarto homem ligado ao caso, Yorgen Fenech, proprietário da empresa 17 Black, foi detido em 2019 no seu iate ao largo de Malta, quando tentava fugir.

É oficialmente considerado como uma pessoa que tinha informações sobre o caso. Alguns media e a família de Daphe Caruana Galizia apresentam-no como um possível financiador do assassínio, mas as audiências sobre as acusações contra ele ainda não começaram.

A detenção de Fenech levou a várias demissões de responsáveis políticos.

O chefe de gabinete do primeiro-ministro na época, Joseph Muscat, (sem ligação com Vincent Muscat) demitiu-se em novembro de 2019 e foi seguido pelo ministro do Turismo, enquanto a ministra da Economia suspendeu as funções durante o inquérito ao homicídio.

A 1 de dezembro, o primeiro-ministro anuncia que também se vai demitir, o que se torna efetivo em janeiro de 2020.

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