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Menos de metade dos países usou plataforma africana para vacinas

Menos de metade dos 55 países e territórios de África usou a plataforma africana para a compra de vacinas contra a covid-19, tendo sido reservadas apenas 180 milhões de doses dos 670 milhões disponíveis.

Menos de metade dos países usou plataforma africana para vacinas
Notícias ao Minuto

13:33 - 18/02/21 por Lusa

Mundo Covid-19

De acordo com dados avançados hoje, durante a conferência de imprensa semanal, pelo Centro de Prevenção e Controlo de Doenças da União Africana (África CDC), numa altura em que terminou o prazo para a encomenda das vacinas através da plataforma, apenas 26 países fizeram reservas de 180 milhões de doses das três vacinas disponíveis: AstraZeneca/Oxford; Johnson&Johnson e Pfizer/Bion-Tech.

"É possível que os países queiram começar os programas de vacinação através do mecanismo Covax", disse o diretor do África CDC, John Nkengasong, quando questionado sobre o nível de adesão à plataforma criada pela União Africana e cujas compras são financiadas pelo Afreximbank.

Sem indicar os países aderentes, o diretor do África CDC assegurou que foi feito "tudo o possível" para envolver os governos e, apesar de o prazo limite para as reservas ter terminado a 15 de fevereiro, encorajou os países para que "tomem partido da plataforma".

"As vacinas da Covax só darão para cobrir 25% das populações dos países, mas nós temos de imunizar 35% da população do continente até ao final do ano se queremos derrotar a pandemia. Ainda há uma lacuna e esta será, acredito, uma abordagem por fases", disse.

O Covax, mecanismo liderado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela Aliança Global para as Vacinas (Gavi), estima entregar até final do ano 2,3 mil milhões de vacinas, 1,6 mil milhões das quais destinadas a 92 países de baixos rendimentos, onde se incluem a maioria dos estados africanos.

Estima-se que as primeiras vacinas ao abrigo deste mecanismo, comecem a chegar aos países em março.

No entanto, os esforços para acelerar a resposta à pandemia, incluindo acesso às vacinas, continuam largamente subfinanciados com um défice global que atinge 27,2 mil milhões de dólares, segundo um estudo recente da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económicos (OCDE).

Durante a conferência de imprensa, John Nkengasong anunciou a chegada prevista para a próxima semana de um milhão de doses da vacina AstraZeneca/Oxford aos profissionais de saúde de 20 países africanos.

Trata-se da primeira entrega de um total de 7 milhões de vacinas financiadas com um donativo de 25 milhões de dólares de uma empresa de telecomunicações africana que permitirá vacinar os 3 milhões de trabalhadores de saúde no continente.

Numa abordagem à situação da epidemia no continente, o diretor do África CDC assinalou que o número de novos casos caiu em média 21% nas últimas quatro semanas, sendo a região da África Central a única em que o número de novos casos está a crescer.

Na última semana, o número de mortes decresceu 28%, mas o diretor do África CDC assinalou que 21 países continuam com uma taxa de mortalidade acima da taxa global de 2,2%

África do Sul (40%), Marrocos (30%) Tunísia (6%) Egito (5%) e Nigéria (4%) são os países mais afetados pela pandemia, que acumula já 3,7 milhões de infeções e 99.840 mortes no continente.

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