Dois detidos em operação contra grupo de crime organizado em Berlim

A polícia alemã deteve hoje duas pessoas em Berlim numa operação contra um dos principais grupos de crime organizado, em que centenas de agentes realizaram buscas em vinte casas na capital e num armazém no estado de Brandeburgo.

Polícia Alemanha

© Reuters

Lusa
18/02/2021 11:43 ‧ 18/02/2021 por Lusa

Mundo

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A operação policial começou após "confrontos entre pessoas de origem árabe e chechena em novembrode 2020 e inclui investigações da Procuradoria de Berlim sobre tráfico de armas e de estupefacientes, assim como outras investigações das autoridades tributárias", disse hoje a políciaatravés da rede social Twitter.

De acordo com a publicação Der Spiegel,o grupo de crime organizado guardava no armazém de Brandeburgo quantidades "consideráveis de drogas" preparadas para traficar.

Entre os detidos encontra-se supostamente Nasser Remmo, da "Família Remmo", um dos principais grupos de crime que atua em Berlim e relacionado com roubos avultados recentemente.

O primeiro roubo ocorreu em março de 2017 num museu de Berlim em que foi subtraída a maior moeda de ouro do mundo com 100 quilogramas de peso.

A "Família Remmo" está supostamente ligada ao roubo do património artístico da cidade de Dresden que se encontrava numa instalação pública.

A rusga realizada hoje apoiou-se em informações recolhidas pela polícia, extraídas de telefones encriptados e alegadamente utilizados pelos suspeitos.

Trata-se de mensagens de uma aplicação para telemóveis da empresa Encrochat, que tinha sede na Holanda, e que durante vários anos desenvolveu um sistema de conversação encriptada conhecido como "WhatsApppara gangsters", segundo o Der Spiegel.

O Encrochat foi desmantelado, mas chegou a contarcom 60 mil clientes em mais de 120 países, incluindo a Alemanha.

Nasser Remmochegou a Berlim em 1982 procedente do Líbano e foi condenado várias vezes durante a adolescência, tendo sido ameaçado de expulsão do país por "motivos de segurança pública".

Remmo, detido hoje, conta com o apoio de alguns dos sete irmãos que presumivelmente também se encontram envolvidos em atividades criminosas.

Há 25 anos que as autoridades tentam expulsar Nasser Remmo da Alemanha, mas a falta de documentos de identidade no país de origem- Líbano - impedem o processo.

Leia Também: Alemanha regista mais 534 mortes e 10.207 novos casos de Covid-19

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