A estreia do programa, cujo conteúdo são debates sobre as questões climáticas e o ambiente, com especialistas de várias áreas dos países de língua portuguesa, e que já está a ser transmitido em Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Moçambique e Timor-Leste, "está prevista para 06 de março" na Guiné Equatorial, disse à Lusa o presidente do Fórum Energia e Clima, Ricardo Campos.
A transmissão do 'Hora de Agir' na Guiné Equatorial, que é Estado-membro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), mas o único onde a língua falada e oficial é o espanhol, resulta de um acordo de cooperação assinado entre o fórum e a TVGE (televisão pública da Guiné Equatorial), a que a Lusa teve acesso.
"O protocolo de cooperação tem como objetivo estabelecer uma parceria que visa a produção de conteúdos na área da ação climática e sua transmissão em rádio, televisão e outros canais da TVGE, onde se inclui a transmissão do programa 'Hora de Agir' que irá para o ar semanalmente, bem como "outros que venham a ser considerados pelas partes", lê-se no documento.
A TVGE e o Fórum Energia e Clima comprometem-se, de acordo com o mesmo documento, a desenvolverem esforços conjuntamente para encontrarem "eventuais patrocinadores do programa, a fim da obtenção de mais recursos para a melhoria da qualidade dos conteúdos".
No protocolo assinado entre as duas partes e válido por um ano, podendo ser renovável, a TVGE compromete-se também "a promover o programa 'Hora de Agir', à sua transmissão nos diferentes canais de televisão e à sua legendagem" em espanhol.
O Fórum Energia e Clima já celebrou também um protocolo com o Canal Futura da Rede Globo, do Brasil, para o programa começar a ser transmitido a partir de abril, e está neste momento a finalizar acordos com a televisão angolana, TPA, e com a TVI24, em Portugal, adiantou o presidente daquela organização da sociedade civil, em declarações à Lusa.
A organização, criada há cerca de um ano por entidades dos nove Estados-membros da CPLP, está a preparar um Observatório do Clima e quer arrancar com mais alguns projetos em 2021 nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), se a pandemia e as fontes de financiamento o permitirem.
O financiamento para todos os projetos "baseia-se em sistemas multilaterais, mas também nas contribuições em termos de parceiros e patrocinadores para alguns deles", frisou Ricardo Campo, especificando que "estão a ser preparadas candidaturas a programas da União Europeia e das Nações Unidas".
Leia Também: AO MINUTO: Covid continua a abrandar. Portugueses no Brasil repatriados